Gastos com a fraudulenta Dívida Pública brasileira cresceram 33% em 2020

08/02/2022

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Em 2020, os gastos com o pagamento de juros e amortizações da Dívida Pública brasileira atingiram a assombrosa soma de R$ 1,381 trilhão, quantia 33% superior ao valor gasto em 2019. Os dados são do levantamento feito pela Auditoria Cidadã da Dívida a partir dos dados oficiais do governo federal do Orçamento executado (efetivamente pago). Segundo a entidade, o valor representa 39,08% de todo o orçamento no país, que privilegiou principalmente grandes bancos e especuladores nacionais e estrangeiros. Para 2022, o governo prevê R$ 2,4 trilhões para pagamento de juros e amortizações da Dívida Pública federal.

O gráfico produzido pela Auditoria, que escancara a desigualdade na distribuição de recursos federais, revela que enquanto o país empenha quase 40% de toda sua arrecadação para pagar a Dívida, áreas essenciais ficam com repasses muito menores, até ínfimos. São: Saúde (4,26%), Educação (2,49%), Auxílio Emergencial (8,29%), Ciência e Tecnologia (0,17%), Saneamento (0,02%), Habitação (0,0001%), Cultura (0,01%) e Direitos e Cidadania (0,02%).

A entidade conclui por reafirmar a necessidade urgente de haver uma auditoria da dívida brasileira e a suspensão imediata dos mecanismos que só fazem aumentar o endividamento público de forma fraudulenta para privilegiar bancos e especuladores. Está comprovado, mais uma vez, que essa Dívida, gerada a partir de mecanismos fraudulentos e ilegais, é uma das principais razões para o estrangulamento das contas públicas no país e da falta de dinheiro para áreas essenciais como Saúde e Educação. Para garantir as demandas e reivindicações dos trabalhadores e mais pobres é preciso acabar com essa sangria dos recursos do país. A CSP-Conlutas defende a suspensão e o não pagamento dessa dívida fraudulenta, bem como o fim de medidas como a Emenda Constitucional 95, do Teto de Gastos.

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.

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