Governo Bolsonaro: aumento da fome e da favelização no Brasil

19/10/2021

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Dados da Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar e Nutricional (Rede Penssan) apontam que mais da metade dos brasileiros (55%) sofriam de algum tipo de insegurança alimentar (grave, moderada ou leve) em dezembro de 2020. Agregado a isso, uma pesquisa conduzida pelo IBGE em 1.662 domicílios urbanos e 518 rurais mostrou que em setembro deste ano, os aumentos de preços dos alimentos baseados na medição do IPCA estavam em 64%. Desde o início da pandemia, o consumo de alimentos ultraprocessados e baratos passou de 9% para 16%.

Com a reforma Trabalhista e a precarização do trabalho, os trabalhadores regulares transformaram-se em informais. O índice de desemprego, altíssimo, chega a 14%. Uma pesquisa da Fundação Getúlio Vargas (FGV Social) apontou que desde 2014, "o rendimento domiciliar real per capita do trabalho caiu de R$ 249 mensais para R$ 172, em média, na metade mais pobre do Brasil". A pobreza extrema no Brasil, medida pela renda domiciliar per capita inferior a R$ 261, de acordo com a FGV Social, chega atualmente a 27,4 milhões de pessoas. É a combinação desses fatores que provoca o crescimento do número de favelas e ocupações no Brasil, que, em dez anos, saltaram de 3,2 milhões para 5,1 milhões.

Segundo Irene Maestro, do movimento por moradia urbana Luta Popular e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, "não existe hipótese de melhorias para o povo pobre diante deste governo e do capitalismo". Por isso, a sindicalista defende que "o povo nas ruas derrube imediatamente o governo Bolsonaro/Mourão. A nossa situação só vai melhorar quando os de baixo derrubarem os de cima", pontua. 

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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