Hortas solidárias das ocupações ganham importância com o aumento da fome no Brasil
07/10/2021
Ao longo da história da classe trabalhadora,
foram muitas as experiências criadas para garantir a sobrevivência. Neste
contexto, as feiras solidárias e populares se apresentam como uma alternativa
baseada na auto-organização. Em consonância com estes ideais, a Horta Solidária
do assentamento 21 de dezembro de Descalvado realizou doações de alimentos à
União Social dos Imigrantes Haitianos, na quinta-feira (30), em São Paulo. A
ação fez parte do projeto Horta Solidária: da terra ao prato, que tem a
participação de ativistas do movimento Luta Popular e da CSP-Conlutas.
As iniciativas populares de soberania
alimentar são importantes por garantirem o sustento, através da produção
coletiva, e pelo espaço de formação política permanente, no qual se pode
estudar as relações de mercado no sistema capitalista e outras formas de
produção que atendam à sociedade. Além disso, através das hortas solidárias e
populares é possível debater o seu papel político, a resignificação do
trabalho, que deixa de ser alienado, enquanto coloca-se em pauta a necessidade
de auto-organização do povo.
O programa nacional da reforma agrária está
paralisado desde 2014. Os assentamentos que existem sofrem com a falta de
assistência técnica. Isso gera a crescente de fome e da falta de moradia, de
renda e condições de subsistência. Estas situações poderiam ser reduzidas drasticamente
se o Brasil tivesse um compromisso com a desconcentração de terra", disse Waldemir
Soares membro do Setorial do Campo da CSP-Conlutas.
Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição.