Governo sabotou ordem para implementar plano de contenção da Covid-19 entre indígenas, relata Conselho

07/10/2021

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O Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denunciou na 48ª sessão do Conselho de Direitos Humanos (CDH) das Nações Unidas (ONU) o descaso e a omissão do governo brasileiro no combate à pandemia entre os povos indígenas. A gravidade da situação desses povos, ameaçados em seus territórios por invasores em plena pandemia, levou a Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) a emitir medidas cautelares em favor dos Munduruku, Yanomami e Ye’kwana, ainda em 2020, e dos povos Guajajara e Awá da Terra Indígena Araribóia, em 2021.

 

Em agosto deste ano, o Comitê da ONU contra a Discriminação Racial (Cerd) notificou o Estado brasileiro por meio do seu mecanismo de alerta de atrocidades, chamando atenção para os "impactos dramáticos" da pandemia da Covid-19 sobre as populações indígenas, em particular no estado do Amazonas.

 

Na terça-feira (28), o Brasil foi alvo de uma dura fala do governo da Dinamarca, que disse compartilhar a preocupação da Alta Comissária da ONU para os direitos humanos com os ataques de garimpeiros ilegais contra povos indígenas na Amazônia.

 

Apesar da gravidade da violência enfrentada pelos povos Yanomami, Ye’kwana e Munduruku em seus territórios ser amplamente documentada, alvo de ações e investigações do Ministério Público Federal (MPF), medidas cautelares da CIDH e decisões do STF determinando a proteção dos indígenas, o governo do Brasil pediu direito de resposta e rebateu as afirmações.


Fonte: ANDES-SN, com edição. 

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