Mobilização contrária à Reforma Administrativa tomará as ruas de Feira de Santana nesta quarta (18)

17/08/2021

A Greve contra a Proposta de Emenda Complementar (PEC) 32 que propõe a Reforma Administrativa é mais um dos encaminhamentos do Encontro Nacional de Trabalhadores e Trabalhadoras do Setor Público realizado nos dias 29 e 30 de julho que organiza uma série de mobilizações para barrar mais esta tentativa do governo Bolsonaro de destruir os serviços públicos. Em Feira de Santana, a concentração da mobilização será às 15 horas em frente ao estacionamento da agência dos Correios, na avenida Presidente Dutra, numa demonstração também de apoio aos/às funcionários/as das estatais que lutam contra a privatização do órgão, já aprovada por maioria na Câmara dos Deputados.

 

O projeto de Reforma Administrativa que reduz a participação do Estado e abre espaço para mais privatizações é um anseio antigo do setor privado que ganhou força com a eleição de um governo federal que defende políticas entreguistas por meio do seu Ministério da Economia liderado por um banqueiro, Paulo Guedes. A PEC 32 representa uma ameaça real ao serviço público, o que atinge, por consequência, toda a população brasileira, mas penaliza de forma mais perversa aqueles e aquelas que utilizam estes serviços de forma exclusiva.

 

Com a mesma sucessão de mentiras e derrame de emendas na Câmara com as quais tem comprado parlamentares em defesa de suas causas, o governo Bolsonaro avança a passos largos com a aprovação da PEC 32, por isso, uma reação imediata da população se faz urgente. No discurso, os governistas defendem que servidores/as ativos/as, aposentados/as não serão prejudicados/as e que os serviços não ficarão mais caros para a população. Na prática, a falta de estabilidade comprometerá também servidores/as que já estão na ativa tendo em vista que os protocolos que podem levar a demissões por justa causa serão alterados e os processos poderão correr com menos rigidez nas investigações, o que pode penalizar trabalhadores/as por questões subjetivas e não-profissionais; com o fim da paridade do reajuste salarial, proposta pela PEC, o rendimento salarial deve cair impactando nos valores da aposentadoria; além disso, com a retirada de investimentos no setor público, unidades de saúde, escolas e creches que sobrevivem hoje com recursos mínimos obrigatórios serão obrigados a fechar e a população, além de pagar por serviços básicos hoje ofertados gratuitamente, ainda será penalizada com a escassez deste serviços, tendo em vista, que ao setor público não interessa investir em zonas de baixa lucratividade e difícil acesso.

 

A união coletiva em defesa dos serviços públicos neste momento é indispensável para impedir que mais este retrocesso comprometa a sobrevivência da população que já vem sofrendo com um governo comprometido com a fome, miséria, desemprego, corrupção e morte. Contra a PEC 32 e exigindo a saída imediata de Jair Bolsonaro e Hamilton Mourão, a Adufs se une a diversas entidades, organizações e movimentos sociais de Feira de Santana para informar à população sobre os prejuízos da Reforma e fortalecer a luta em defesa dos serviços públicos.


A utilização de máscaras como a PFF2 que garantem maior segurança e evitar aglomerações é fundamental para participar da mobilização, mas se você não pode participar dos protestos nas ruas, fortaleça a luta compartilhando nossos conteúdos nas redes sociais, disseminando informações sobre os impactos da Reforma Administrativa. As mobilizações desta quarta (18) serão importantes tanto nas ruas, quanto nas redes sociais que têm assumido papel importante na organização política deste governo através de mentiras para confundir a população. É importante ainda marcar os senadores baianos Jacques Wagner, Otto Alencar e Ângelo Coronel através das suas redes sociais com mensagens contrárias à PEC 32 para pressioná-los a barrar a Reforma no âmbito do Senado Federal.

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