Bolsonaro volta a fazer ameaças às eleições e insinuar golpe

10/08/2021

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Imagem: CSP-Conlutas

Bolsonaro segue aumentando o tom de suas declarações antidemocráticas e autoritárias, ameaçando a não realização das eleições e insinuando que pode sair das "quatro linhas da Constituição". Na quinta-feira (5), o presidente voltou a divulgar mentiras para colocar em suspeita o processo eleitoral, atacou o STF (Supremo Tribunal Federal) e o TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A irritação de Bolsonaro é reação às ações sofridas no STF e no TSE. O TSE apresentou uma notícia-crime contra Bolsonaro pela divulgação de mentiras para desestabilizar o processo eleitoral brasileiro. O ministro Alexandre de Moraes atendeu ao pedido e incluiu Bolsonaro no inquérito das fake news.

 

As ameaças golpistas ocorrem no momento em que Bolsonaro está acuado pelo aprofundamento das investigações de corrupção e omissão do governo durante a pandemia e de forte queda na popularidade. Além de se abraçar de vez com o Centrão para evitar um processo de impeachment, colocar em dúvida a votação eletrônica e defender o voto impresso têm sido uma das táticas de Bolsonaro para ameaçar que não vai aceitar o resultado das eleições em 2022. O fato é que o voto impresso é que abre brecha para fraudes e o famoso "voto de cabresto", comum em regiões dominadas pelo coronelismo e milicianos, diga-se, de passagem, dois setores ligados ao bolsonarismo.

 

"Precisamos derrotar esse governo e isso é possível, com a continuidade das manifestações nas ruas, a unificação de todos os setores em luta, como funcionalismo, trabalhadores dos Correios e de outras estatais, que já estão convocando uma Greve Nacional para o próximo dia 18 de agosto e a construção de uma Greve Geral. Essas são as tarefas das direções do movimento. Ditadura nunca mais!", concluiu.

 

Fonte: CSP-CONLUTAS, com edição. 

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