Na Colômbia, levante popular completa um mês com muita luta, paralisações e protestos
01/06/2021
A intensa mobilização popular na Colômbia completou um mês neste 28 de Maio com um dia de greve geral no país, após o governo de Ivan Duque insistir no desbloqueio de estradas como condição para avançar nas negociações com a Comissão criada para um diálogo nacional. Nesta sexta, além da paralisação nacional, manifestantes tomaram as ruas nas principais cidades do país, como Bogotá, Cali, Barranquilla, Cartagena e Neiva. Os protestos tiveram início logo pela manhã, com a obstrução também de importantes estradas e rodovias.
A repercussão das inúmeras violações de direitos humanos fez a ministra das Relações Exteriores da Colômbia Claudia Blum renunciar em 13 de Maio. Ela representou a segunda queda no governo desde o início das manifestações. Em 2 de maio Duque recuou e retirou de pauta a reforma tributária – estopim para o levante – e em 3 de maio o ministro da economia Alberto Carrasquilla renunciou ao cargo publicamente.
Além do recuo na reforma tributária, no dia 19 de Maio foi também arquivada a reforma da saúde que facilitaria o avanço da privatização. O povo colombiano tem se mobilizado contra reformas desde 28 de abril de 2021. A juventude e os povos originários colombianos, além de movimentos LGBTQIs têm sido a vanguarda do levante popular, em um momento de extrema crise sanitária devido à pandemia de Covid-19, com 86.180 mortes no país em decorrência da doença.
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