Pandemia sacrifica ainda mais trabalhadores sem proteção social

06/04/2020

Assim como em todo o país, a pandemia do coronavírus (Covid 19) alterou a rotina da população de Feira de Santana. Conforme determinação do prefeito Colbert Martins, as escolas municipais, unidades da rede particular, bem como cursinhos, creches e instituições de ensino superior, tiveram as aulas suspensas pelo período de 15 dias, a partir de 18 de março. Semana passada, o gestor ampliou o prazo para o dia 20 de abril. A extensão do prazo de funcionamento também serviu para o comércio, que está fechado desde o dia 21 de março e só será reaberto em 13 de abril. Até domingo (5), o município contabilizou 34 casos confirmados da doença, sem óbito.

Sem proteção social para boa parte da classe trabalhadora que ocupa o mercado de trabalho, principalmente a informal, a recomendação de isolamento social, que é necessária, tem sido bastante difícil para centenas de famílias.

Para Sandra Cavalcante, vendedora ambulante, a situação só não tem sido insustentável porque ela conta com a ajuda dos pais, que estão mantendo as despesas da sua casa. Já Rosani Zorante da Silva, também vendedora ambulante, lamenta as contas sem pagar. “Estou sem trabalhar há 20 dias por conta da pandemia, só que as despesas não param de chegar. O prefeito da cidade, infelizmente, não tem nenhum projeto que nos atenda. Não sei como serão os próximos dias, lamenta a trabalhadora”, responsável por dois filhos.

O atendimento à população mais vulnerável do município veio para famílias em situação de extrema pobreza, que receberam do governo municipal cerca de oito mil cestas básicas. 

Saúde
Com a perspectiva de aumento no número de casos de coronavírus em Feira de Santana e também de possíveis agravamentos do quadro de saúde dos pacientes, foram adotadas algumas medidas para aumentar o número de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTI) e para preparar o Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade para atender a demanda.

Entre as ações está uma pactuação com o Hospital Dom Pedro de Alcântara, um convênio com uma clínica particular e o acréscimo de mais leitos ao Hospital da Mulher para mulheres gestantes que tenham contaminação por coronavírus. A Assessoria de Comunicação da Secretaria da Saúde de Feira de Santana foi procurada pela Adufs para informar a quantidade de leitos a serem ofertados no município, mas até às 16h desta segunda-feira (6) não deu respostas.  

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