Vendedores ambulantes fazem protesto no Centro da cidade

10/03/2020

Vendedores ambulantes fizeram um ato público na manhã desta terça-feira (10), em frente à Prefeitura Municipal, em protesto contra a transferência deles para o Shopping Popular. Segundo os manifestantes, o remanejamento traz sérios prejuízos aos trabalhadores, além de contemplar apenas 1800 dos cerca de 8 mil ambulantes de Feira de Santana. Solidária ao movimento, a diretoria da Adufs esteve presente à mobilização.   

O Executivo Municipal recebeu os manifestantes de portas fechadas. Somente por volta das 9h30, a Guarda Municipal abriu o Paço. Os auxiliares de segurança, no entanto, permaneceram bloqueando a entrada.

Segundo a ambulante Flávia Priscila Moreira, o contrato da Prefeitura prevê que além do pagamento de tributos municipais, água e luz, o comerciante deve pagar pelo aluguel do espaço. Segundo a trabalhadora, os valores são exorbitantes. “Depois de cadastrados, nos foi informado que teríamos de pagar também o aluguel. Alguns custam até R$ 400 por mês. Não temos dinheiro para isso. A estrutura do box também é ruim”, denunciou a trabalhadora.

João Vitor Ramos, que não conseguiu o cadastro junto à Prefeitura, está numa situação ainda pior. “Vivo disso há sete anos. Sustento minha família com o dinheiro que ganho nas ruas. Quando procurei a Prefeitura, fui informado que não posso trabalhar porque não tenho cadastro. Por conta disso, não tenho como permanecer no Centro. O que eu vou fazer?”, lamentou.

A diretoria da Adufs entende que a luta é a única forma de tentar conter o avanço das políticas neoliberais do governo municipal, políticas que sistematicamente procuram excluir do mercado e do centro da cidade justamente a população mais necessitada, composta pela classe trabalhadora, os pobres e moradores das periferias. Por isso, continuaremos a apoiar e contribuir com as mobilizações dos vendedores ambulantes. 

Diretoria da Adufs é solidária ao movimento

Leia Também