Festa da Adufs reúne a categoria em mais um dia memorável
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“O ônibus de Irará chega às 6h50 na Uefs. Faço as três refeições no restaurante. A suspensão temporária do serviço impactará bastante no orçamento da minha família, pois terei de pagar mais caro no Feira VI para me alimentar. A realidade da maioria dos alunos que frequentam o local é muito difícil”, lamentou Hernandes Machado, aluno do curso de Psicologia.
“O dinheiro que economizava com as refeições no RU usava para a xérox. Agora, tenho de escolher entre a xérox ou a comida”, queixou-se Paulo Henrique Marinho, lotado no curso de Enfermagem. “Quando não tenho dinheiro para o almoço, faço um lanche na cantina, o que não me sustenta. Em poucas horas estou com fome novamente. O gasto é maior”, acrescentou Laís Silva, também do curso de Enfermagem.
Os três estudantes são parte das centenas de alunos que estão sendo penalizados pela interrupção de até 30 dias do funcionamento do Restaurante Universitário (RU) da Uefs. O prazo de um mês equivale ao período que a antiga prestadora de serviço, cujo contrato venceu na última terça-feira (23), retira seus equipamentos do RU e a vencedora da licitação, cujo contrato passou a ser válido no dia 24 deste, adapta o espaço para funcionamento.
Durante este período de um mês, não há amparo legal que resguarde aos discentes a garantia dos alimentos.
Posição dos estudantes
Reunido na noite da última quinta-feira (25), o Conselho de Entidades de Base (CEB) dos estudantes aprovou que os diretórios acadêmicos realizem um levantamento, por curso, da quantidade de alunos que sofrem maior impacto com o fechamento temporário do RU. Os locais funcionarão como rede de arrecadação de alimentos e de doações financeiras para auxiliar os discentes relacionados na consulta feita pelas entidades.
Indignados com a falta de planejamento no que se refere à garantia das refeições durante o período da mudança no contrato, os alunos também aprovaram a divulgação de uma carta à comunidade universitária.
Propaae
A coordenadora geral da Pró-Reitoria de Políticas Afirmativas e Assuntos Estudantis (Propaae), Renata Souza, informou que a administração trabalha para normalizar o fornecimento das refeições em um prazo menor.
Ainda segundo Renata Souza, a empresa vencedora da licitação fará plantões noturnos para adiantar a montagem dos equipamentos e a organização das instalações. Uma parte dos funcionários da empresa anterior também será aproveitada, a fim de normalizar o quanto antes o serviço. O contrato com a atual empresa é válido por doze meses, podendo ser prorrogado por igual período.
A diretoria da Adufs acompanha com atenção a transição entre as empresas prestadoras do serviço.
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