“A luta por direitos deve envolver pessoas de todas as idades. Por isso, não pude deixar de estar aqui hoje. Não serei prejudicada pela Reforma da Previdência, mas não posso deixar de pensar naqueles que talvez morram sem se aposentar”, disse Maria de Lourdes Borges, 76 anos. A aposentada foi uma das presentes ao ato público que marcou a Greve Geral, na sexta-feira (14), em Feira de Santana, contra os cortes na educação, a Reforma da Previdência e o aumento do desemprego. Os professores da Uefs também endossaram o protesto.
O dia de Greve Geral foi de grande mobilização de diversas categorias de trabalhadores, estudantes e da população em geral. A mobilização, que desta vez teve a adesão do setor de transportes, reuniu milhares de pessoas. Os professores das universidades estaduais, que encerraram uma greve de mais de 60 dias, na última quarta (12), continuam mobilizados e marcaram presença para denunciar também as atitudes do governo do Estado que mantém a mesma postura do governo Bolsonaro em relação ao tratamento dispensado às universidades estaduais.
Com faixas e cartazes, estudantes da rede pública das universidades estaduais e federais, e institutos protestaram junto aos seus professores, contra os cortes na educação que tendem a inviabilizar boa parte das atividades nas instituições. Mais uma vez, as palavras de ordem foram contra os desmandos do governo Bolsonaro que, até o momento, tem apresentado medidas que vão de encontro aos interesses da maioria da população. Além disso, a falta de planejamento no que diz respeito às políticas de geração de emprego foram alvos de protestos. Atualmente, o desemprego já atinge mais de 13,4 milhões de pessoas em todo o país.
Antes do ato público, os manifestantes concentraram-se em frente à Prefeitura Municipal. Depois, seguiram pelas avenidas Senhor dos Passos, Marechal Deodoro, ruas Conselheiro Franco, Voluntários da Pátria e Santos Dumont, sentido novamente à Avenida Senhor dos Passos.
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