Docentes definem agenda de lutas para os setores
03/07/2018
No domingo (1º), último dia do 63º Conad, realizado na Universidade Estadual do Ceará (Uece), em Fortaleza, os delegados e observadores discutiram e atualizaram o plano de lutas dos Setores das Instituições Federais de Ensino (Ifes) e das Estaduais e Municipais de Ensino Superior (Iees/Imes). Também foi empossada, no primeiro dia do encontro, na última quinta (28), a nova diretoria do ANDES-SN, gestão 2018-2020. A Adufs foi representada no encontro pela diretora Marilene Lopes, indicada pela diretoria, além dos observadores Gracinete Souza, Rosevaldo Ferreira e Raquel Rodrigues, escolhidos em assembleia. A indicação da diretora também foi referendada pela assembleia.
Participaram 70 seções sindicais, num total de 308 participantes. Para a diretora Marilene Lopes, “o Conad é um momento em que os docentes atualizam o plano de lutas, bem como reativam e planejam as correlações de forças para os enfrentamentos do próximo período”.
A Adufs foi representada por quatro docentes
Fotos: ANDES-SN.
Conforme aprovado, o Setor das Iees/Imes irá realizar um encontro nacional na Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf), em Campos dos Goitacazes (RJ), entre os dias 21 e 23 de setembro. O Sindicato Nacional irá também, produzir, um dossiê com o histórico de lutas do Setor, bem como materiais temáticos de mobilização em defesa das Iees e Imes.
A atualização da agenda do setor prevê também a realização de um Dia Nacional de Lutas em defesa da Previdência Pública, da carreira, salário e do Financiamento Público das Iees e Imes.
O fim do ponto eletrônico nas instituições foi destaque na pauta do setor das Ifes. Os docentes decidiram promover uma articulação política nacional com entidades afins, para dispensa do ponto eletrônico para docentes federais, estaduais e municipais do Ensino Básico, Técnico e Tecnológico (EBTT) ou similar. Foi deliberado, ainda, um calendário de ações incluindo um dia de luta contra o racismo e dia de luta contra os assédios sexual e moral, em conjunto com o Setor das Iees/Imes.
Ainda durante a atualização e votação do plano de lutas dos setores do Sindicato Nacional, os docentes deliberaram que o ANDES-SN se integre à campanha Boicote, Desinvestimento e Sanções (BDS) a Israel, divulgando e incentivando-a em suas bases, além de prestar solidariedade internacional à luta do povo Palestino e contra o massacre daquela população.
Carta de Fortaleza
Feita a leitura das moções, os participantes do Conad expressaram apoio aos trabalhadores demitidos da Amsted Maxion, aos professores perseguidos na Universidade Federal de Santa Catarina, à greve dos trabalhadores técnico-administrativos em educação da Unicamp, repúdio à limitação, pela reitoria da Universidade Federal de Lavras (Ufla), do uso dos espaços da instituição, dentre outras pautas.
Os delegados participantes do 63º Conad escolheram Brasília para sede do próximo Conad, que acontecerá em 2019. O evento será sediado pela Associação dos Docentes da Universidade de Brasília.
Os delegados aprovaram também as prestações de contas do exercício de 2017, a previsão orçamentária para 2019 e a prestação de contas do 37º Congresso do ANDES-SN. Ainda foi aprovada, ad referendum do 38º Congresso, a constituição da Associação dos Professores e Professoras do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Sul – Sindoif.
Comissão da Verdade
Durante a Plenária sobre Questões Organizativas e Financeiras, os delegados elegeram os novos membros da Comissão da Verdade do ANDES-SN para o próximo biênio. Foram escolhidos, como titulares, os docentes Josefa Lopes (Apruma SSind.), Alexandre Marcondys (Sindunifap – SSind.) e Wanderson Fábio de Mello (Aduff SSind.). Como suplente, o docente Cristiano Endoker (Aprofurg SSind.) e Flavio Pereira (Adunioeste SSind.). A comissão será ainda composta por dois representantes da Diretoria Nacional, Ana Maria Estevão e Erlando Rêses.
Aprovada em março de 2013, durante o 32º Congresso do Sindicato Nacional, a Comissão da Verdade foi criada com o propósito de contar a versão dos trabalhadores perseguidos nas universidades, uma vez que há várias discordâncias em relação à forma como foi constituída e como trabalhou a Comissão Nacional da Verdade, instituída pelo governo federal.
Fonte: ANDES-SN, com edição.