No mês de janeiro sede da Adufs funcionará em horário especial
Durante o mês de janeiro a sede da Adufs funcionará em horário especial, das 08h às 13h.
Nesta quarta-feira (30), entidades, movimentos sociais e sindicatos de diversas categorias do país realizarão o Dia Nacional de Luta pela redução do preço do gás e do combustível. A diretoria da Adufs compreende que a diminuição do valor do combustível e do gás é uma reivindicação de todos (as). Em Feira de Santana, a mobilização será marcada por um ato público na Praça de Alimentação, às 16h.
A diretoria da Adufs, que convoca a categoria a participar do protesto, reafirma o apoio à greve dos caminhoneiros e, agora, dos petroleiros, além de repudiar o governo Temer e o decreto que autoriza a intervenção militar e das forças federais de repressão para acabar a greve. Esta medida é um forte ataque ao movimento dos trabalhadores, e pode ser usado contra todas as categorias se não houver uma resposta e um amplo movimento de repúdio.
Ainda nesta quarta (30), durante o ato, será exigida a saída do presidente da Petrobras, Pedro Parente, e a mudança na política de preços praticada pela estatal, que tem gerado aumento nos valores do diesel, da gasolina e do gás de cozinha.
O aumento do diesel, inclusive, foi o principal motivo da greve dos caminhoneiros que, nesta quarta (30), completa dez dias. Os reajustes aplicados pela Petrobras, o processo de privatização da estatal, as demissões e a perda de direitos dos funcionários, por sua vez, são o alvo dos protestos dos petroleiros que, a partir de hoje (30), deflagraram uma greve de 72 horas.
Na capital baiana, os manifestantes também ocuparão as ruas neste Dia Nacional de Luta. O protesto está marcado para às 16h, na reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba). A diretoria da Adufs convoca os professores que residem em Salvador a participarem da mobilização.
Caráter policlassista
Inicialmente, devido à característica policlassista da mobilização – que reúne trabalhadores assalariados, autônomos precarizados e também interesses empresariais – a mesma foi vista com ressalvas pelas entidades sindicais e movimentos de esquerda, o que prejudicou a solidariedade de classe e a compreensão imediata da disputa de pautas colocadas pelos trabalhadores, em grande parte superexplorados, reivindicando melhores condições de trabalho e salários dignos e uma política de preços voltada para o atendimento preferencial das necessidades sociais da população.
As primeiras ações que desencadearam a greve foram impulsionadas pela Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), que, em 15 de maio, protocolou ofício com duas reivindicações centrais: congelamento do preço do diesel e fim da cobrança dos pedágios sobre eixos suspensos. A partir da ausência de resposta do governo, a greve foi deflagrada no dia 21, incorporando à pauta a defesa do novo marco regulatório dos transportes. Outras entidades passaram a ter atuação destacada, em especial a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam).
Por outro lado, há reivindicações trabalhistas de grande importância que contrariam os interesses patronais, em especial a política de preços mínimos dos fretes – proposta contida no PL 528/2015 parado no Senado Federal - e o novo marco regulatório, que prevê avanços importantes nos direitos dos caminhoneiros empregados, como o tempo mínimo de repouso de onze horas diárias e o pagamento das horas de espera pela carga.
Política de precificação
A Associação de Engenheiros da Petrobras (Aepet) se pronunciou publicamente, através de nota, para também denunciar a política de preços de combustíveis adotada pela Petrobras, desde outubro de 2016, a partir de quando foram praticados preços mais altos que viabilizaram a importação por concorrentes.
A associação denuncia que o governo propaga a falácia de suposta “quebra da Petrobras”, em consequência dos subsídios concedidos entre 2011 e 2014. “A verdade é que a geração de caixa da companhia neste período foi pujante, sempre superior aos US$ 25 bilhões, e compatível ao desempenho empresarial histórico”, relatou a Aepet.
Crescimento de 47% no litro da gasolina
Conforme pesquisa realizada pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a Petrobras reajustou o preço da gasolina e do diesel nas refinarias por 16 vezes em apenas um mês. O preço da gasolina saiu de R$ 1,74 e chegou a R$ 2,09, alta de 20%. Já o do diesel foi de R$ 2,00 a R$ 2,37, aumento de 18%.
Para o consumidor final, os preços médios nas bombas de combustíveis subiram de R$ 3,40 para R$ 5,00, no caso do litro de gasolina (crescimento de 47%), e de R$ 2,89 para R$ 4,00, para o litro do óleo diesel (alta de 38,4%).
Pautas do Dia Nacional
As pautas do Dia Nacional de Luta serão: todo apoio à Greve dos Caminhoneiros!; por uma Greve Nacional Petroleira rumo à uma Greve Geral!; pela redução do preço dos combustíveis e do gás de cozinha!; fora as tropas do Exército das refinarias e das ruas; abaixo qualquer intervenção militar!; fora Parente, Temer!; não à privatização. Por uma Petrobras 100% estatal; mais a redução do preço do gás e do combustível.
A diretoria da Adufs condena a desastrosa política do governo Michel Temer de desmonte de empresas estatais e entrega desses patrimônios brasileiros à rentabilidade dos grandes acionistas internacionais, como é o caso da Petrobras. Concomitantemente, defende a convocação de uma nova Greve Geral em defesa dos direitos dos trabalhadores e dos direitos sociais, contra a Reforma Trabalhista, a Emenda Constitucional (EC) 95 e a Reforma da Previdência, mais a Petrobras 100% pública e estatal. Convém lembrar que o processo de privatização da Petrobras, transformada em empresa de capital misto, avançou no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso.
O Dia Nacional de Luta está sendo convocado pelas frentes Povo sem Medo e Brasil Popular. O protesto também conta com o apoio do ANDES-SN e da CSP-CONLUTAS. A Secretaria Executiva Estadual da CSP CONLUTAS/Ba convocou representantes de sindicatos, centrais sindicais, movimentos sociais e de partidos políticos para uma reunião a ser realizada nesta quarta-feira (30), na sala Kiri da Faculdade de Educação (Faced) da Ufba, em Salvador, às 14h. a Adufs será representada pelo diretor Gean Santana.
A proposta da Secretaria Executiva da CSP-CONLUTAS é reunir diversas categorias de trabalhadores para, diante da atual conjuntura de greves e protestos, discutir um plano de ação coletivo de mobilização e luta da classe trabalhadora. A reunião também pretende articular o apoio à greve dos caminhoneiros e o movimento paredista de 72 horas dos petroleiros. Leia mais.
Fonte: Adufs, com informações do ANDES-SN e da CSP-CONLUTAS.
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