Nota de Pesar - Sra. Dione Prates Santos
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As precárias condições de trabalho e estudo nas quatro Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) serão novamente discutidas na segunda etapa do ciclo de Seminários Temáticos. Na Uefs, a atividade ocorrerá nesta quinta-feira (16), às 16h, ao lado da sede da Adufs. A primeira fase foi realizada em outubro, na Uneb e na Uesb. No início da semana, houve atividade na Adusc.
O tema do seminário na Uefs é “O projeto de desmonte das universidades estaduais”. Irão compor a mesa os professores André Uzêda, diretor da Adufs, José Luiz de França, da Adusc, Zózina Almeida, Aduneb, e Jorge Nascimento, Adusb. A proposta é alertar os presentes sobre os desastrosos reflexos da política do governo estadual à educação pública superior na Bahia, além de compartilhar as dificuldades enfrentadas diariamente pela comunidade acadêmica para conseguir trabalhar e estudar.
A crise orçamentária imposta pelo governo está dificultando cada vez mais a continuidade das atividades de ensino, pesquisa e extensão nas Ueba. Fazem parte da realidade dos trabalhadores e estudantes cortes nos projetos de extensão e nas viagens de campo, suspensão das obras, falta de equipamentos e materiais básicos em laboratórios, demissão dos terceirizados, sobrecarga de trabalho em função da falta de concurso público, insuficiência das bolsas de permanência estudantil, dentre outros graves problemas.
Por culpa do governo, entre 2013 e 2016 as quatro Ueba deixaram de receber R$ 213 milhões para a manutenção, custeio e investimento. Além disso, em função da negativa deste em conceder a reposição da inflação, os professores acumularam, nos últimos dois anos, 20% de perdas salariais. Direitos como promoção, progressão e mudança de regime são desrespeitados. Mesmo com margem orçamentária, comprovada através de dados do poder executivo, os gestores se negam a abrir o canal de negociação com o Fórum das ADs para discutir o orçamento das universidades e a garantia dos direitos trabalhistas.
Sem respostas
Há pouco mais de um mês, o Fórum das ADs protocolou documento junto à governadoria e algumas secretarias reivindicando o agendamento de uma reunião ainda em outubro para negociar a pauta 2017, mas, até então, não obteve respostas. O silêncio, senão descaso, também impera entre os deputados, convocados a discutir a situação das universidades estaduais.
Empenhada no fortalecimento da categoria, a diretoria da Adufs defende a intensificação da luta. Somente unidos, os professores terão força para lutar contra o governo e defender as universidades, importante patrimônio da população.
Quinta-Encontros
Após o seminário será realizada mais uma Quinta-Encontros. A confraternização, que também ocorrerá ao lado da Adufs, será animada pela cantora Cinara Ribeiro.
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