Vigilantes da Bahia permanecem com os trabalhos paralisados

29/05/2017

Continua a greve dos vigilantes do Estado da Bahia, deflagrada na última quarta (24). Os rumos do movimento paredista devem ser anunciados nesta terça (30), após uma reunião de negociação com o Sindicato das Empresas de Segurança Privada (Sindesp). Apesar da continuidade da mobilização, todos os funcionários da Uefs voltaram aos postos de trabalho no último sábado (27). As atividades acadêmicas foram retomadas hoje (29) na universidade, conforme comunicado da administração central. A diretoria da Adufs divulgou uma moção em apoio à categoria.

O vice-presidente do Sindicato dos Empregados de Empresas de Segurança e Vigilância de Feira de Santana e Região (Sindvigilantes/Feira), Juraci Mendes, denuncia que o retorno dos funcionários ao campus foi imposto por determinação da empresa prestadora do serviço à instituição, que foi cobrada pela administração da universidade. “A greve continua. A diretoria do sindicato irá convocar os vigilantes a deixarem dos postos de trabalho, inclusive na portaria”, disse.

Saulo Rocha, chefe da Unidade de Infraestrutura e Serviços da Uefs (Uninfra), informou que, cumprindo com a obrigação legal enquanto gestora, a administração da universidade solicitou à empresa prestadora do serviço uma posição em relação ao contrato com a instituição, que deixou de ser executado por conta da mobilização. “A diretoria da empresa disse que não recebeu um documento do Sindvigilantes informando sobre a greve. Por isso, os funcionários seriam convocados a retornarem aos postos de trabalho”, afirmou.

Solidária à luta dos vigilantes, a diretoria da Adufs se disponibilizou para apoiá-los no desenvolvimento das atividades, para que logrem êxito na mobilização. Também enviou um documento à administração da universidade solicitando esclarecimentos sobre a retomada das atividades acadêmicas, nesta segunda (29), diante a greve. Nesta manhã (29), a diretoria ainda esteve com o reitor e a vice-reitora, Evandro do Nascimento e Norma Lúcia Fernandes, respectivamente, para discutir a situação.

“Os vigilantes do Estado da Bahia e seu movimento de paralisação têm nosso apoio e nossa solidariedade, pois a pauta que apresentam é legítima, já que reivindicam condições de trabalho. A greve é o instrumento de luta da classe trabalhadora para exigir melhorias”, afirmou o diretor da Adufs, Geraldo Ferreira de Lima.

O movimento também alcança agências bancárias, escolas, supermercados e outros estabelecimentos.

Direitoria da Adufs conversou com a reitoria sobre a situação dos vigilantes 

Pauta
O Sindvigilantes queixa-se que mesmo após oito reuniões, o Sindesp não avançou nas negociações e, pior, apresentou uma proposta rebaixada que prevê, apenas, 1% de reajuste nos salários. A categoria reivindica reajuste de 15%; ticket-refeição de R$ 20, sem desconto (atualmente é de R$ 15); 30% da cota para vigilantes mulheres; piso salarial de R$ 1500 e cursos de capacitação.

A reunião da categoria com o Sindesp estava marcada para a última sexta (26), mas foi adiada pelo patronato para esta terça (30). O encontro ocorrerá às 9h, no prédio da Superintendência do Trabalho e Emprego, em Salvador. 

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