Diretoria da Adufs parabeniza as mães

16/05/2017

A rotina da docência, os afazeres domésticos e o cuidado com a filha de sete anos são levados com harmonia e de forma prazerosa pela professora Tânia Regina dos Santos Silva, do Departamento de Ciências Biológicas da Uefs (Dcbio). Ela é parte das milhares de mulheres do país que, além de atuar no mercado de trabalho, cuida sozinha do ambiente doméstico e cumpre o papel de mãe e provedora do lar. Uma jornada tripla que exige muita dedicação e empenho.

“A jornada tripla é cansativa, mas a gente se organiza para o dia a dia funcionar da melhor forma possível. Ser mãe é muito prazeroso, mesmo tendo uma rotina de trabalho que me deixa muito sobrecarregada de atividades. Acredito que nós, mulheres, somos vitoriosas por conseguir dar conta de tamanha responsabilidade”, disse Tânia Regina, há 17 anos na Uefs.

Apesar de paralela à função do ambiente doméstico ocupar espaços e assumir, no mercado de trabalho, tarefas anteriormente caracterizadas como tipicamente masculinas, a mulher ainda sofre com as desigualdades salariais, discriminações e violência. “A Constituição Federal de 1988 assegura que homens e mulheres são iguais em direitos e obrigações, mas a realidade destas, seja no convívio social, na família ou no seu trabalho, é a luta diária por respeito e cumprimento dos seus direitos. A baixa participação das mulheres em cargos políticos e a ausência de políticas públicas impõem a estas grandes perdas. A proposta de reforma da Previdência, conhecida como PEC 287, é um grande exemplo de como os seus direitos são atacados, pois o que se pretende é acabar com mecanismos que visem compensá-las minimamente pelas inúmeras injustiças que sofreram e sofrem ao longo de suas vidas”, avaliou Pricila Oliveira de Araújo, diretora da Adufs.

A diretoria da Associação reconhece a importância da luta das mulheres para se firmarem como cidadãs, já que durante séculos viveram socialmente degradadas, ao passo que as parabeniza pela capacidade de conciliar a maternidade com o trabalho fora do ambiente doméstico, rompendo, ainda que de forma gradativa, com a situação de invisibilidade que o mundo masculino procurou condená-las. 

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