Nota de Pesar - Sra. Dione Prates Santos
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No dia 21 de março, a Presidência do TRF4 decidiu indeferir o pedido da Advocacia-Geral da União de suspensão da liminar que proíbe a veiculação das peças publicitárias do governo federal sobre a reforma da Previdência. Dessa forma, fica mantida a liminar obtida na última semana pelo Sintrajufe/RS em conjunto com outras entidades que compõem o Fórum Gaúcho em Defesa da Previdência. Assim, o governo de Michel Temer (PMDB) segue impedido de veicular publicidade sobre a reforma da Previdência em qualquer meio de comunicação.
Entenda a ação.
Movimento Negro comemora Dia Internacional contra o Racismo
O dia 21 de março – Dia Internacional contra o Racismo foi instituído como forma de protesto contra atos de violência racista, praticado por instituições do Estado. A data referência aprovada pela ONU (Organização das Nações Unidas) foi 21 de março de 1960, quando estudantes da cidade de Shaperville, na África do Sul, protestavam contra o regime do Apartheid (violenta segregação racial) e, durante a manifestação, o exército atirou sobre a multidão matando 69 pessoas e ferindo outras 186. O episódio ficou conhecido como o “Massacre de Shaperville”. O movimento negro exigiu da ONU que a data fosse instituída como o “Dia Internacional de Luta pela Eliminação da Discriminação Racial”, para a reflexão sobre a luta do povo negro contra o racismo.
Passados 57 anos, a violência racial e, particularmente, a questão “institucional” continua sendo uma das faces mais visíveis e asquerosas do racismo mundo afora. O movimento negro exigiu e ainda permanece em luta pelas reparações e pelo fim do extermínio e do genocídio da população negra em várias partes do mundo. No Brasil, segundo o IPEA (Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada), o Mapa da Violência diz que há 138% a mais de chances de um jovem negro morrer do que um jovem branco, e que há 40% a mais de possibilidades de uma mulher negra ser assassinada pelo seu próprio marido, comprovando o aumento do feminicídio negro no Brasil a partir de 2015. Caso a reforma da Previdência seja aprovada, as mulheres negras serão as mais prejudicadas por começarem a trabalhar mais cedo, por receberem os salários mais baixos e executarem de três a quatro jornadas diárias sem ter efetivamente o direito à aposentadoria.
Ocupação Esperança e Jd. da União lançam Comitês Populares contra a reforma da Previdência
Com o objetivo de ampliar o debate e fortalecer a campanha contra a reforma da Previdência, o Movimento Luta Popular fez o lançamento de comitês populares nas Ocupações Esperança, em Osasco (SP), e Jd. União, zona sul da capital paulista. A CSP-Conlutas esteve presente nas duas atividades, que aconteceram nos dias 18 e 19 deste mês.
A proposta dos comitês é organizar, pela base, as ações locais e também nacionais. O próximo passo será a preparação de um calendário de mobilização e debates, que serão feitos com a integração dos moradores do entorno.
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