Representantes da Chapa 1 falam sobre propostas de trabalho

07/02/2017

Nesta quarta (8) e quinta-feira (9), os professores da Uefs comparecerão às urnas para as eleições do sindicato. Apenas a Chapa 1 - Adufs Autônoma e Democrática concorrerá ao pleito para a escolha da Diretoria e do Conselho Fiscal que ficarão à frente da Adufs durante o biênio 2016-2018. A presença da categoria é de fundamental importância para a ampliação de debate político na universidade e o fortalecimento do Movimento Docente (MD), principalmente diante do aprofundamento dos ataques governistas ao setor público.

As eleições ocorrem em meio a um contexto que exige grande articulação entre a classe trabalhadora. No âmbito nacional, o governo se apressa na aprovação de projetos que ferem direitos conquistados através da luta das diversas categorias e reduz investimentos em áreas essenciais à sobrevivência da população, a exemplo da saúde e da educação. Na Bahia, o governo Rui Costa também segue com a política de diminuição de recursos para o setor público e de desrespeito ao trabalhador.

Segundo André Uzêda, que juntamente com Gean Santana concorre ao cargo de coordenador geral pela Chapa 1, entre os muitos desafios a serem enfrentados estão o desfinanciamento do setor público e os ataques ao servidor. “Precisamos estimular os docentes a participarem ainda mais do cotidiano do sindicato e a ocuparem os fóruns de decisão da nossa universidade, como o Consu e o Consepe, pois esse processo faz parte da legitimação da nossa luta. Apesar de haver apenas uma chapa inscrita, a eleição para a escolha da nova diretoria é um importante momento de envolvimento dos professores no dia-a-dia da Adufs e de conscientização de que o sindicato é construído pela própria categoria. Precisamos estar mobilizados e unidos para combater as investidas do governo”, disse Uzêda.

Abaixo, o professor Gean Santana faz uma breve síntese sobre os projetos e desafios elencados pela Chapa 1 - Adufs Autônoma e Democrática.

- Quais os desafios a serem enfrentados pelo Movimento Docente (MD) da Uefs, diante da conjuntura de constantes ataques dos governos?
De forma imediata e que tem a ver diretamente como nosso trabalho é a defesa da universidade pública. Parece que estamos vivendo o pior momento para as instituições. A situação pela qual passa a Uerj é um sintoma dessa gravidade, mas que não se restringe apenas àquela instituição. No Rio Grande do Norte, o presidente do Tribunal de Justiça do Estado defendeu explicitamente a privatização da Uern. Portanto, o desafio número 1 é a defesa da universidade, das nossas condições de trabalho para a pesquisa, o ensino, a extensão e por melhorias salariais.

Em articulação com outras categorias, seções sindicais, entidades, dentre outros grupos, a luta unificada contra a reforma da Previdência. Para isso, precisaremos continuar fortalecendo o Fórum das ADs, o Andes - Sindicato Nacional, a CSP-Conlutas, além do Espaço Unidade de Ação, pois possibilitam a socialização de experiências com colegas de outras universidades estaduais e federais, diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e populares. A construção da luta conjunta é difícil, mas necessária.

O que destaca como plano de trabalho da Chapa ?
Há várias tarefas colocadas. Uma delas é o restabelecimento de direitos conquistados por lei e negados pelo governo. Na Bahia, os docentes não têm garantidas as promoções, progressões, a mudança de regime, dentre outros. Este é um desafio não só para a chapa 1, mas também para o Fórum das ADs.

Outras tarefas seriam: reverter a suspensão da insalubridade, tomada pelo governo estadual à revelia da lei; continuar envidando esforços para a retomada do ônibus Salvador X Uefs; além de lutar para garantir a destinação de 7 % da RLI para o orçamento das quatro Ueba, mais 1% da RLI para a permanência estudantil. Como a LOA para este ano já foi aprovada, inclusive, sem considerar a emenda parlamentar que reivindicamos para a ampliação dos recursos das universidades, a proposta é que haja suplementação financeira para o orçamento deste ano. Na greve de 2015, tivemos como êxito a derrubada da autoritária lei 7176, mas é necessário que a autonomia esteja atrelada ao financiamento adequado das instituições.

Temos também a tarefa de organizar os docentes aposentados, pois entendemos que eles precisam participar da luta do sindicato e do cotidiano da universidade. Uma outra proposta é dar prosseguimento ao desejo da categoria de construção da sede própria da Adufs.

E quanto a articulação com outras entidades e movimentos sociais de Feira de Santana, inclusive com os estudantes e técnico-administrativos da Uefs?
A proposta é continuar o que historicamente é defendido e feito, ampliando ainda mais as ações realizadas em conjunto com os membros da comunidade acadêmica da Uefs e os movimentos sociais da cidade. Juntamente com os estudantes e técnico-administrativos da universidade, fizemos algumas atividades, como a Assembleia Geral Universitária (AGU) e atos públicos. No que se refere aos movimentos sociais, participamos dos debates e mobilizações do Fórum de Entidades de Feira de Santana, do Comitê Local e Estadual em Defesa da Educação Pública e de diversos outros grupos.

Conheça a nominata da chapa.

Conheça o programa da Chapa 1 - Adufs Autônoma e Democrática.

Eleição
A votação ocorrerá nesta quarta (9) e quinta-feira (9), das 8h às 20h, na sede da Adufs e nas cantinas dos módulos III e V. Há ainda a possibilidade de a Comissão Eleitoral disponibilizar urnas itinerantes.

A Comissão irá apurar os votos em 9 de fevereiro, a partir das 20h30, e proclamar o resultado no dia 10. Está apto a votar o professor que se filiou à Adufs até 9 de outubro de 2016.

Leia o aditivo ao edital

Ainda nos dias 8 e 9 de fevereiro, haverá eleição para a escolha da representação docente no Conselho Superior de Ensino, Pesquisa e Extensão da Uefs (Consepe). A candidata é a professora Tânia Regina dos Santos Silva, do Departamento de Ciências Biológicas (Dcbio).

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