Trabalhadores e estudantes protestam contra projetos do governo federal

11/11/2016

A força dos estudantes e trabalhadores da zona rural e urbana de Feira de Santana foi demonstrada nas ruas logo no início da manhã de sexta-feira (11), durante protesto contra a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 55/2016, a Medida Provisória 746/2016, as reformas da Previdência e Trabalhista e os demais ataques aos direitos sociais. A data, que marca o Dia Nacional de Mobilizações e Lutas, foi organizada em todo o país por várias entidades e movimentos sociais.

A multidão que tomou as ruas da cidade reafirmou, através das falas e palavras de ordem, a disposição para barrar os ataques do governo Temer ao setor público e aos direitos trabalhistas historicamente conquistados. O diretor da Adufs, Elson Moura, lembrou a todos que a Uefs está ocupada deste o dia 1º deste pelos estudantes, em greve, contra a PEC 55 e pelo atendimento de pautas específicas, como a ampliação do restaurante e das residências universitária e indígena. Na ocasião, informou que os professores da universidade aprovaram, em assembleia, o indicativo de greve conta a PEC e a Medida Provisória 746/2016, que promove a reforma do ensino médio. 

“Os docentes da Uefs aprovaram o apoio à legítima greve dos estudantes. Trabalhadores e alunos estão dispostos a irem para as ruas denunciar o pacote de maldades que está na pauta dos governistas. Além disso, os professores pretendem ocupar os espaços políticos de discussão e votação, na capital federal”, disse o sindicalista, referindo-se à Marcha Nacional à Brasília, que ocorrerá no dia da votação, em primeiro turno, no Senado, da PEC 55. Elson Moura ainda destacou que “estamos empenhados na construção da unidade rumo à deflagração da greve geral, e prontos para mais um Dia Nacional de Mobilizações e Lutas, marcado para ocorrer em 25 de novembro”.

Também foram denunciados problemas recorrentes no município, como o aumento da abusiva tarifa do transporte público, a ausência de políticas públicas à população do campo e a precariedade do serviço de saúde.

O protesto desta sexta (11) começou com uma concentração em frente à prefeitura. Depois, os manifestantes seguiram pelas avenidas Getúlio Vargas, Senhor dos Passos e Monsenhor Mário Pessoa, rua Conselheiro Franco, praças Fróes da Mota e D. Pedro II, retornado para a Senhor dos Passos. As atividades encerraram em frente ao paço municipal, onde houve ocupação das sinaleiras da Getúlio Vargas e da Senhor dos Passos, mais as falas de encerramento. Outro grupo de manifestantes bloqueou a passagem de veículos em diversas rodovias, como na BR-324, sentido Feira de Santana, BR-116, Km 357, em Serrinha, o acesso a Salvador, a Camaçari, dentre outras localidades.

Presenças
Estudantes, além de servidores públicos e trabalhadores do setor privado e do campo, compareceram ao ato, endossado também por partidos políticos de esquerda e representantes de diversas entidades e movimentos sociais. Entre os presentes, a Adufs, Movimento Negro Unificado, membros da Rede Cáritas, rodoviários, Oposição Metalúrgica, bancários, funcionários dos Correios, Fórum Popular de Saúde, Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias de Celulose e Papel da Bahia (Sindicelpa) e professores da Universidade Federal do Recôncavo (Ufrb) e da Universidade do Estado da Bahia (Uneb). 

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