Professores endossam encaminhamento do ANDES e aprovam indicativo de greve

10/11/2016

Na assembleia realizada hoje (10), os professores da Uefs demostraram, mais uma vez, a força do Movimento Docente (MD). Após falas que ressaltaram a disposição à luta frente ao aprofundamento dos ataques do governo Michel Temer, foi aprovado o indicativo de greve nacional encaminhado pelo ANDES-SN. Os resultados das assembleias nas seções sindicais serão apreciados na reunião do Setor das Instituições Estaduais (IEES), Municipais (IMES) e Federais (IFES) de Ensino Superior, a ser realizada nos dias 19 e 20 de novembro, em Brasília. Aprovado no âmbito do Sindicato Nacional, a proposta será avaliada pelos docentes nos estados, que já devem votar a deflagração do movimento paredista por tempo indeterminado. Na Uefs, a assembleia está marcada para acontecer em 22 de novembro.

Conforme aprovado pelos professores, haverá um calendário de mobilização permanente nos dias 16, 17 e 18 deste mês. A greve nacional na educação encaminhada pelo ANDES-SN tem como pauta a luta contra a PEC 55 (que tramitou na Câmara dos Deputados como PEC 241) e a MP 746/2016, que propõe a reforma do ensino médio. As seções sindicais também se empenham para a construção de uma grande marcha à Brasília, que deve ocorrer no dia da votação, em primeiro turno, no Senado, da PEC.

Durante a assembleia, que contou com a participação de 82 professores, foi formado um comando de mobilização para discutir e encaminhar as demandas relacionadas aos protestos. Integram o grupo, que segue aberto para a participação de novos docentes, Clóvis Ramaiana, Fábio Nunes, Pricila Oliveira, André Uzeda, Jucelho Dantas, Pedro Diamantino, Sarah Rios, Ivone Mello, Amanda Leite Novaes, Leomárcia Uzêda e Faní Rehem.

Para a diretoria da Adufs, uma greve do ANDES-SN, em conjunto com outros segmentos da educação, é mais um passo importante para a construção da greve geral dos mais diversos setores, como forma de barrar os ataques do governo ilegítimo de Michel Temer.

Outros encaminhamentos
Ainda na assembleia, os professores aprovaram o apoio político e material às ocupações, mais a elaboração de duas moções. A primeira de repúdio à 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Feira de Santana por abrir um inquérito civil para apurar a ocupação da Uefs e requisitar da administração a relação dos estudantes envolvidos. A categoria entende que a medida fere a autonomia universitária por pressionar o reitor para ser um delator dos alunos, que exercem seu direito legítimo à manifestação.

A segunda moção é em apoio às administrações das universidades que estão sendo notificadas judicialmente para dar esclarecimentos sobre as ocupações.

Dia 11 de novembro
A categoria também endossou o ato público desta sexta-feira (11), quando professores e estudantes irão às ruas contra o governo Temer. A atividade, convocada pelas centrais sindicais de todo o país após ampla discussão, foi definida como Dia Nacional de Greves. Além de protestarem contra a MP que prevê a reforma do ensino médio e a PEC 55, os manifestantes condenam os Projetos de Lei relacionados ao Movimento Escola sem Partido (Escola sem Mordaça); o PL 257, que estabelece um novo limite para o crescimento do gasto público; além das reformas previdenciária e trabalhista. Mais um Dia Nacional de Greves será realizado em 25 de novembro.

A concentração do ato desta sexta (11) será às 7h30, em frente à Prefeitura Municipal. É importante que todos participem, pois somente a luta e a resistência serão capazes de reverter as investidas contra a classe trabalhadora e o setor público.  

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