Manifestantes de todo o país definem calendário nacional de mobilização

19/09/2016

Servidores públicos e estudantes de diversas regiões do país presentes na reunião Ampliada do Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe), em Brasília, definiram um calendário de atividades para as próximas semanas. Foi aprovada a adesão dos servidores às paralisações e aos protestos encaminhados para os dias 22 e 29 de setembro contra a retirada de direitos, o ajuste fiscal e pelo Fora Temer. O encontro na capital federal marcou o encerramento da Jornada de Lutas, iniciada no dia 12 e finalizada no dia 15. A Adufs foi representada na Jornada pelos diretores Elson Moura, Gracinete Souza, Gean Santana e Geraldo Ferreira de Lima. Ainda participou o professor Jucelho Dantas.

A mobilização da próxima quinta-feira (22) prevê paralisações e atos públicos dos servidores nos estados e, no dia 29, os protestos acompanham a paralisação nacional aprovada pelos metalúrgicos. A reunião do Fonasefe também aprovou a construção de uma paralisação nacional na primeira quinzena de outubro. Diante dos graves ataques do governo ao setor público e aos direitos trabalhistas, diversas categorias de trabalhadores, movimentos sociais e centrais sindicais se empenham no avanço da construção conjunta de uma greve geral.

No âmbito do Movimento Docente (MD), será posto em discussão, junto à base, a adesão à mobilização nas datas propostas pelo Fonasefe. Na Uefs, o encaminhamento é uma das pautas da assembleia a ser realizada nesta terça-feira (20), às 16h30, no Auditório 3, Módulo IV. Uma outra assembleia será convocada e realizada neste mesmo dia para discussão da alteração do Regimento da Adufs. 

Para a diretoria da Adufs, somente a unidade será capaz de barrar os ataques governistas, recentemente materializados através da Proposta de Emenda Constitucional 241, do Projeto de Lei 257 e das reformas previdenciária e trabalhista.

 

Mobilização Ueba
Os professores das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) vem intensificando as reuniões e debates com representantes das demais entidades que compõem a comunidade acadêmica, através do Fórum das 12, com o intuito de fortalecer e unificar a luta para fazer o enfrentamento aos ataques do governo.

Em reunião realizada no dia 12 de setembro, o Fórum das 12 aprovou os seguintes encaminhamentos: reforçar, junto à comunidade acadêmica, a denúncia sobre o sucateamento das Ueba; organizar uma agenda de reuniões, local e estadual, entre as categorias; construir um calendário de ações unificado; apoio à paralisação do dia 22; além de convocar uma reunião com a reitoria para discutir o orçamento da universidade.

A pauta que unifica os professores, estudantes e técnicos é baseada nos pilares: direitos trabalhistas, permanência estudantil, 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as Ueba; contra o PLP 257, a PEC 241, a flexibilização da CLT e a reforma da previdência; 1 % da RLI para a permanência estudantil; realização de concursos públicos para professores, técnicos e analistas; contra a privatização e a terceirização nas Ueba; e pelo pagamento do reajuste linear do funcionalismo.

Para Roquidéa Souza, coordenadora geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do 3° Grau da Bahia (Sintest) /Uefs, diante “dos constantes cortes de recursos para o setor público e do cerceamento aos direitos do trabalhador previstos em lei, é urgente que as três categorias das Ueba se unam”. A próxima reunião do Fórum das 12 será no dia 13 de outubro, em Ilhéus.

Reunião do Fórum das 12

Foto: Ascom/Adusb

Jornada de Lutas

A Jornada de Lutas começou no dia 12, com uma manifestação em frente ao Congresso Nacional, continuou no dia 13, com uma grande marcha que reuniu mais de dez mil manifestantes na Esplanada dos Ministérios, e seguiu na última quarta (14), com a reunião do Fonasefe. A mobilização culminou com atos nos estados, na última quinta (15).

Durante a mobilização, os manifestantes também ressaltaram a necessidade de contrapor os projetos do “ Movimento Escola sem Partido”, o PL 204/2016, que irá aumentar a dívida pública de estados e municípios, bem como a articulação com trabalhadores da iniciativa privada. A Jornada de Lutas foi organizada pelo Fórum das Entidades Nacionais dos Servidores Públicos Federais (Fonasefe) em unidade com as Centrais Sindicais.

Segundo o diretor Elson Moura, a Jornada “foi um passo importante para a construção da unidade, a partir de uma pauta comum, e de um calendário unificado objetivando a greve geral”. 

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