Docentes das Estaduais do Ceará seguem em greve

23/08/2016

Há mais de três meses em greve, docentes das universidades estaduais do Ceará (Uece) e do Vale do Acaraí (UVA) seguem buscando negociação efetiva com o governo estadual. No dia 11 de agosto, após muita pressão, a categoria conseguiu uma audiência com representantes do governo na qual foi entregue um termo de compromisso do governo cearense com o movimento sindical e reitorias, propondo o encerramento do movimento paredista.

Em nota, o Sindicato dos Docentes da Uece (Sinduece SSind) ressalta que o documento apresentado condiciona o cumprimento dos acordos com as universidades, já celebrados desde o dia 6 de janeiro de 2015, à saída da greve. No dia 14 deste, os docentes da UVA realizaram assembleia, na qual avaliaram a proposta do governo e deliberaram pela continuidade da paralisação.

Uemg
Docentes dos campi de Ibirité e Frutal da Universidade do Estado de Minas Gerais (Uemg) deliberaram em assembleia geral, no dia 16, pelo fim da greve de 106 dias após vitórias importantes à categoria. Os docentes retomaram as atividades no dia 18. O documento assinado pelo governo, reitoria e comando de greve prevê, entre outras conquistas, a reestruturação de um plano de carreira adequado que, entre outros pontos, realiza a incorporação da Gratificação de Desempenho da Carreira de Professor de Educação Superior (GDPES) e do “Pó de Giz” ao vencimento básico, e o aumento da Dedicação Exclusiva (DE) de 40% para 50%; a nomeação do atual concurso público e a publicação de novos editais; a liberação com vencimento para docentes em formação (mestrado, doutorado e pós-doutorado) mediante aprovação do departamento ou unidade; e uma mesa de negociação permanente própria para a recomposição salarial da categoria. Também foi acordada a oferta de 300 bolsas para a assistência estudantil.

Unimontes
Os docentes da Unimontes continuam a greve que já passa dos 110 dias. Durante esse período, o governo tentou criminalizar o movimento questionando a legalidade da greve judicialmente e alegando que os docentes deveriam voltar imediatamente às aulas.

Fonte: ANDES-SN, com edição.

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