A disposição e o empenho das diversas categorias de servidores e dos estudantes das Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) em defender o setor público foram mais uma vez evidenciados no ato público realizado em Salvador, na quarta-feira (20). Os manifestantes fizeram uma mobilização na praça Newton Rique, em frente ao Shopping da Bahia, antigo Iguatemi, seguiram pela avenida Tancredo Neves e se concentraram em frente à Casa do Comércio, onde ocorreram as falas de encerramento. Foi endossado o indicativo de greve geral do funcionalismo.
Durante todo o percurso, os presentes utilizaram palavras de ordem para criticar os projetos governistas de destruição do setor público e de cerceamento aos direitos trabalhistas. Servidores do Ministério Público, da rede estadual de ensino, além da CSP CONLUTAS/Ba também endossaram a luta. Nos materiais de divulgação, denúncias como a ausência de políticas de permanência estudantil nas Ueba, o não pagamento do reajuste linear do funcionalismo público baiano, a falta de concurso público para a contratação de servidores, o corte do transporte dos docentes e do adicional de insalubridade nos salários, a insuficiência de sala de aula e de laboratórios nas universidades, entre outros problemas. Também reafirmaram que nem a ex-presidenta Dilma Rousseff e nem o presidente interino Michel Temer representam os trabalhadores.
Cartazes, bandeiras, carro de som, camisas, pirulitos e nota pública deram ainda mais força e visibilidade ao protesto. A comunidade acadêmica das Ueba reforçou a necessidade de o governo destinar 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as quatro universidades, reajustar o salário dos servidores e respeitar os direitos trabalhistas. Mesmo transcorrendo de forma pacífica e organizada, prática comum ao movimento organizado pelos estudantes e servidores das Ueba, a Polícia Militar (PM) utilizou uma viatura para acompanhar todo o protesto. A mobilização teve ampla cobertura da imprensa.
Outros protestos
Além da mobilização ocorrida em frente ao Shopping da Bahia, no dia 20 deste, outras categorias fizeram protestos na Praça da Piedade e na Secretaria Estadual da Educação (SEC). Na tarde desta terça-feira (21) haverá nova plenária da Fetrab para que seja avaliada o resultado das assembleias nos sindicatos e construídos os próximos passos rumo à construção do indicativo do movimento paredista.
A pauta que unifica as diversas categorias de servidores é a luta contra o reajuste zero, contra o Projeto de Lei Complementar 257/2016, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 241/2016 e a contrarreforma da Previdência Social.
Veja fotos do ato púbico no Facebook da Adufs
Ouça alguns dos áudios das entrevistas feitas pela imprensa com a diretoria da Adufs.
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