No Paraguai, estudantes estão dando um exemplo de luta. Assim como ocorre no Brasil, os secundaristas iniciaram um movimento de ocupação de escolas, que já chega ao número de 72 em todo país, sobretudo em Assunção. A ação em massa foi responsável pela saída de Marta Lafuente do Ministério da Educação. O movimento estudantil reivindica aumento do orçamento para a garantia de livros e almoço gratuito nas escolas públicas, melhorias nas condições dos prédios e denunciam a corrupção dentro do Ministério da Educação.
No Brasil, mesmo após a absurda reintegração de posse executada sexta (6), no Centro Paula Souza, ocupado até então pelos secundaristas que exigem refeição, a CPI das merendas, para investigar desvios de verba e corrupção, e qualidade de ensino público, ainda há, ao menos, 14 escolas ocupadas em São Paulo. Os alunos reclamam da falta de diálogo com o poder público e cobram as investigações sobre propinas nas compras de merendas das escolas. No Rio de Janeiro, com um movimento crescente desde o ano passado, já são mais de 70 escolas ocupadas com pautas em comum. Nesses dois estados, e por parte deles, o que se vê é intransigência e nenhum canal de comunicação ou negociação efetiva entre movimento e governos.
Fonte: CSP CONLUTAS, com edição.
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