Em debate, diretoria da Adufs convoca participantes à luta por mais recursos

28/03/2016

“Se a situação financeira da universidade continuar como está, não teremos como garantir a sua sustentabilidade em 2016”, lamentou a administração da Uefs no debate “Os ataques do governo Rui Costa às Universidades Estaduais da Bahia (Ueba)”, promovido pela Adufs. A afirmação veio junto com a informação de que um grande esforço tem sido feito para manter o funcionamento da universidade, que além de ser prejudicada com reduções no orçamento de custeio, investimento e manutenção, também é penalizada por dois decretos, publicados em 2015, determinando medidas para o contingenciamento de despesas. A diretoria do sindicato convocou os presentes à luta.

Durante as falas, a representante discente ressaltou a luta da categoria por uma política que garanta o acesso e a permanência do estudante na universidade e criticou a ineficiência do Plano aprovado pelo governo em dezembro do ano passado. Também falou da reivindicação de 1% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para a permanência, se queixou dos atrasos no pagamento das bolsas estudantis, da precariedade da Residência Universitária e da biblioteca, além de citar que a greve docente de 2015 foi um importante espaço de luta por mais recursos.

Já a servidora técnica presente na mesa do debate informou que entre as reivindicações da categoria estão a regulamentação da carreira (Lei 11.375/09) e alterações no Plano de Cargos, Carreira e Salários. Na ocasião, criticou as investidas do governo contra os direitos do servidor, como o corte na CET, as novas regras no Planserv e a negativa do governo de conceder o reajuste linear.

Durante a fala, Edson do Espírito Santo, diretor da Adufs, fez um breve contexto histórico do atual cenário político-econômico do país, ressaltando que os ataques do governo federal ao setor público têm reflexos em todas as esferas de poder. Em contraposição, disse que é necessário fortalecer os princípios de gestão democrática nas Ueba, na perspectiva de ampliação do orçamento, e as instâncias de luta coletiva (sindicatos, associações, etc). O sindicalista convocou a todos para a AGU, dia 31 de março, o ato público do dia 7 de abril (Leia aqui), a conclusão do Processo Estatuinte e a etapa preparatória ao II Encontro Nacional da Educação (ENE) (Leia aqui).

O debate, realizado na última terça (22), contou com a participação de docentes, discentes, técnico-administrativos e reitoria. 

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