Governo não negocia e professores da educação básica e das federais mantêm greve

04/07/2012

Diante do impasse nas negociações com o governo quanto ao piso salarial da categoria, os professores da rede estadual de ensino votaram a favor da continuação da greve, após assembleia realizada terça-feira (03/07). Um ato público está marcado para quinta-feira (5), em frente ao Ministério Público Estadual, no CAB, em Salvador.

A insatisfação da categoria, em greve desde 11 de abril, é grande. Os professores questionam o descumprimento do Termo de Acordo do Ensino Fundamental e Médio, assinado no dia 11 de novembro do ano passado. No documento, o governador se compromete com a implementação do piso salarial para a carreira docente. Segundo a APLB, o governador da Bahia continua irredutível nas negociações e ainda penaliza a categoria, mais de dois meses com os salários cortados.

Professores, estudantes e técnico-administrativos das IFES e dos IFETS, assim como os servidores de vários setores do serviço público federal, continuam em greve contra a política de arrocho salarial e o sucateamento do serviço público aplicada pelo governo federal. 

O governo Dilma não apresentou, até o momento, qualquer contraproposta. Em Brasília, de acordo com a Condsef (Confederação Nacional dos Servidores Públicos Federais), são dez os órgãos com registro de greve, além dos estados do Pará, Sergipe, Amapá, Mato Grosso, Paraná, Rio de Janeiro, Goiás, Mato Grosso do Sul e Maranhão, que suspenderam os serviços na Funasa, Incra, Ministério da Saúde, Trabalho e Emprego, Agricultura, Justiça, Funai, Área Ambiental, Cnem, entre outros.

A Condsef está preparando, junto às demais entidades nacionais de servidores, a realização de um acampamento na Esplanada dos Ministérios. Segundo a entidade, o objetivo é promover uma vigília que consiga obter avanços no Planejamento e apresentação de alguma proposta concreta aos setores mobilizados.

A Adufs divulgou nota pública de apoio à greve dos professores da rede estadual de ensino no jornal Correio no dia 23 de abril de 2012 e colocou spot em rádios de Feira de Santana. Da mesma forma, divulgou nota no jornal Correio no dia 05 de junho deste ano de apoio à greve dos professores das universidades federais, em greve quase dois meses, além de sugerir moção de apoio para o CONSU/UEFS sobre o assunto.

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