Estudantes da UFPB fazem greve de fome por melhoria na assistência estudantil
01/03/2016
Em protesto por melhorias na assistência estudantil, quatro estudantes da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) se acorrentaram à entrada do prédio da reitoria da universidade e iniciaram uma greve de fome, na manhã da última terça-feira (23). Os estudantes denunciam a precariedade dos serviços de política de assistência estudantil da UFPB e a falta de diálogo com a reitora Margareth Diniz. Dois dos quatro estudantes já passaram mal. Domingo (28), um estudante desmaiou devido a uma queda de pressão causada pelo baixo nível de glicose. Nesta segunda (29), outro manifestante sofreu convulsão e encontra-se hospitalizado. Segundo nota divulgada na página do movimento no facebook – Greve de Fome UFPB – seu estado é estável e ele continua em greve de fome. O protesto vem sendo acompanhado por outros estudantes e apoiado por vários segmentos da comunidade acadêmica.
O grupo protesta contra a demora de mais de um ano para o anúncio da seleção do auxílio moradia, e também contra o número de vagas (150), que seria insuficiente para atender minimamente a demanda de estudantes. O movimento afirma que diversos estudantes estão em situação de vulnerabilidade social, com alguns morando nas dependências dos Centros Acadêmicos e na rodoviária da cidade.
“Exigimos que todos os estudantes que se encontrem no perfil socioeconômico do Plano Nacional de Assistência Estudantil (Pnaes), de baixa renda, e que solicitaram auxílio sejam atendidos, o que não acontece”, afirma Caterine Soffiati, uma das estudantes que acompanha a ocupação e greve de fome dos quatro estudantes.
Marcelo Sitcovsky Pereira, presidente da Associação dos Docentes da UFPB (Adufpb – Seção Sindical do ANDES-SN) ressalta que a causa dos estudantes é justa e que é preciso que, tanto a sociedade brasileira quanto a universidade, entendam que a política de assistência estudantil e a permanência nas universidades “é condição indispensável para o funcionamento pleno da universidade pública, gratuita e de qualidade”, disse.
Inúmeros docentes da instituição compareceram ao local prestando solidariedade aos manifestantes, seja através da realização de aulas, rodas de conversa, debates, ou mesmo avaliando o estado físico e emocional dos que lá estão acorrentados. “Estamos acompanhando a situação desde o dia 23 e logo nas primeiras horas foi estabelecido um diálogo com os estudantes. Além do apoio e acompanhamento político da situação, estamos ajudando os estudantes com os materiais para a divulgação”, contou o presidente da Adufpb SSind.
Fonte: Andes-SN