Adufs sedia oficina sobre saúde docente

15/02/2016

A Adufs sediará, nos dias 15 e 16 de abril deste, a Oficina interregional da pesquisa sobre saúde e adoecimento docente do Andes-SN. A proposta é instrumentalizar os militantes das seções sindicais para que possam implementar a pesquisa sobre saúde do trabalhador conforme as diretrizes do GT Seguridade Social e Assuntos de Aposentadoria (GTSSA) do Sindicato Nacional. O debate terá como referência as experiências desenvolvidas pelos docentes das universidades federais de Santa Maria (Ufsm), no Rio Grande do Sul, e do Paraná (Ufpr), em Curitiba.

A pesquisa proposta pelo GT é composta por um questionário que aborda as condições de trabalho dos docentes das instituições de ensino superior. “Com a pesquisa, verificou-se que alguns professores são penalizados por doenças relacionadas à precarização das condições de trabalho e sobrecarga de atividades. A oficina será um momento de reflexão e de fomentar o debate sobre as experiências do Paraná e de Santa Maria. Além disso, permite reuniões mais descentralizadas e uma aproximação ainda maior entre o Sindicato Nacional e suas militâncias. A troca de informações é fundamental para mobilizar para a luta política de 2016”, disse Cláudia March, uma das coordenadoras do GTSSA, criticando o projeto político do governo de desmonte do setor público e de ataque aos direitos dos trabalhadores.

Segundo a professora, o interesse da regional Nordeste III do Andes-SN, em especial, das seções sindicais das universidades estaduais baianas em discutir e implementar propostas voltadas à saúde docente foi decisivo para a definição do local que sediará o debate. Esta é a segunda Oficina interregional da pesquisa sobre saúde e adoecimento docente do Andes-SN. A primeira ocorreu em 2015, no Paraná. O encontro é promovido pelo GTSSA.

A Adufs tem participado ativamente das discussões e atividades organizadas pelo Andes-SN e pela CSP Conlutas relacionadas não só à saúde do trabalhador e assuntos de aposentadoria, como questões mais gerais concernentes à sociedade. Por entender que os GTs são espaços importantes de reflexão sobre a realidade e que contribuem para a construção das ações encaminhadas pelo Sindicato Nacional e pela Central, a diretoria da Associação vem tentando rearticular seus Grupos de Trabalho.

Na Adufs, além do Grupo Saúde, Seguridade Social/Aposentadoria (GTSSA), funcionam embrionariamente o GT Carreira, mais Classe, Étnico-racial, Gênero e Diversidade Sexual (GTPCEGDS). Ainda em formação, os GTs de Política Educacional (GTPE) e de Política de Formação Sindical (GTPFS). Segundo Gracinete Bastos, diretora da Adufs e membro do GTSSA da Uefs, a Associação discute, juntamente com os GTs das demais associações docentes das universidades estaduais baianas, a atualização do Estatuto do Magistério Superior.

Previdência
Em se tratando da Previdência, que também é discutido no GTSSSA, a diretora a acrescenta que a retomada da contrarreforma da Previdência coloca na pauta do dia a ampliação da luta em defesa dos direitos da aposentadoria e contra o processo de privatização da previdência pública dos trabalhadores.

“Na Bahia, o governo segue a cartilha da presidenta Dilma. Em janeiro de 2015, foi instituído o Regime Previdenciário Complementar e criado o PrevBahia, que acaba com as pensões e aposentadorias integrais e fixa o limite máximo em R$ 4.390,24. Como se não bastasse, na calada da noite de 6 de outubro daquele ano, os deputados aprovaram a alteração no Regime Próprio de Previdência (PL 21.435/2015), regulamentando novas regras para a pensão por morte”, disse a docente, reafirmando a necessidade da unificação da luta dos professores e dos demais trabalhadores em defesa da Previdência Pública e Estatal sob regime de repartição, do direito à aposentadoria integral e contra a privatização da Previdência.

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