Governador sinaliza possibilidade de não conceder reajuste linear ao servidor
06/02/2016
O governador Rui Costa informou que, por ter ultrapassado em 1,44% o limite prudencial estabelecido pela Lei de Responsabilidade Fiscal, fará ajustes no governo que implicam na redução de custo com pessoal, na possibilidade de não conceder reajuste ao servidor e de reestruturar as carreiras. Segundo o gestor, que culpou a crise econômica, “um reajuste em 2016, com base na inflação, não custaria menos do que R$ 700 milhões".
Tal postura reforça que a política do governo Rui Costa é de sucateamento do setor público e de ataque à carreira do servidor, constantemente prejudicado pela negação de direitos garantidos por lei, como as gratificações e promoções, e por reposições parceladas e inferiores ao reajuste inflacionário. Convém lembrar que o aumento está previsto na Constituição Federal e tem data-base definida em janeiro.
Paralelo ao discurso da crise e à visível falta de investimento no setor público, no entanto, o governador informou, em discurso oficial na abertura dos trabalhos da Casa Legislativa, que “mais uma vez, está dando a sua contribuição e investindo mais de R$ 69 milhões no Carnaval de Salvador”. Enquanto o governo que se diz a favor dos trabalhadores opta por garantir benesses à iniciativa privada, o setor público é sucateado, os trabalhadores têm os direitos cerceados e os movimentos sociais que lutam por uma sociedade mais justa e igualitária são criminalizados ou violentamente reprimidos pela Polícia Militar.
Atento às manobras do governo do PT, o Movimento Docente permanece forte e mobilizado. Historicamente, o Fórum das ADs vem denunciando as perdas impostas pelo atual governo com notas publicadas em jornal impresso de grande circulação na Bahia, veiculação de vídeos na televisão, na internet e através de atos públicos.
Em 2016, o Fórum continuará em luta pelo pagamento integral e em uma única parcela da reposição inflacionária. Também cobrará um posicionamento sobre a pauta de reivindicações protocolada dia 18 de dezembro do ano passado. Na pauta, a destinação de, no mínimo, 7% da Receita Líquida de Impostos para as Ueba; reajuste de 15,5% no salário-base; respeito aos diretos dos docentes; além da desvinculação de vaga/classe do quadro de cargos.