Trabalhadores da GM em greve exigem aumento na participação de lucros da empresa
22/01/2016
Os trabalhadores da empresa automobilística General Motors (GM) de São José dos Campos, em São Paulo, estão em greve por tempo indeterminado desde segunda-feira (18). Os metalúrgicos rejeitam a proposta da segunda parcela de Participação nos Lucros e Resultados (PLR) apresentada pela montadora. A GM ofereceu R$ 5.000, enquanto os trabalhadores reivindicam R$ 6.405. A proposta inicial da empresa era de R$ 4.250,00, abaixo da PLR de 2014.
Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a GM fechou o ano de 2015 como a segunda montadora em vendas no país e, repassou nove bilhões de dólares aos seus acionistas. “A mobilização continua forte. Os trabalhadores sabem o que produzem e que a empresa tem condições de melhorar essa proposta”, afirma o presidente do Sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.
Em outras unidades, a GM segue com a mesma postura. Em São Caetano do Sul, a montadora ofereceu R$ 3.500, também rejeitada pelo sindicato local. Em Gravataí (RS), que produz o Onix, carro mais vendido do Brasil, a GM disse que não vai pagar PLR.
GM
Em 2015, foram produzidas 40 mil caminhonetes S10 na planta de São José dos Campos, com um faturamento de R$ 4,8 bilhões. A GM tem 4,8 mil trabalhadores, sendo que cerca de 600 estão em lay-off até o dia 31 de janeiro.
Fonte: CSP-Conlutas e Andes-SN