Crise financeira ameaça a Uefs

03/11/2015

A manutenção das atividades acadêmicas na Uefs tem sido cada vez mais difícil. Nos últimos dias, a instituição ficou sob a ameaça de suspensão dos serviços terceirizados de limpeza e vigilância, (Veja aqui) porque não dispunha de recursos para pagar as empresas responsáveis pela contratação dos funcionários dos setores. Após dias tensos e de muita negociação, a reitoria informou que renovou os contratos até este mês. (Veja aqui)

Os recursos para pagamento da mão-de-obra, no entanto, foram remanejados do orçamento de custeio, ou seja, da minguada verba destinada para a compra de material didático e de equipamentos, execução de obras e auxílio para viagens docente e discente. Apesar do sacrifício para assegurar o funcionamento da universidade em novembro, mesmo que precariamente, a medida atende uma necessidade emergencial e não resolve o prejuízo provocado pela política do governo de redução da verba de custeio, investimento e manutenção. A suplementação orçamentária é urgente não só para a finalização dos compromissos financeiros até o mês de dezembro, mas para a continuidade das atividades na instituição.

Caso o governo não suplemente o orçamento, a Despesa de Exercício Anterior (DEA) acumulada para 2016 chegará a R$ 12 milhões. Conforme matéria publicada no site da instituição, “durante o mês de novembro, a administração continuará buscando junto ao Governo do Estado apoio ao pleito de suplementação orçamentária”.

No intuito de discutir a crise financeira da Uefs com as categorias que compõem a comunidade acadêmica, a Adufs convocou uma reunião (Veja aqui) para esta quarta-feira (4), às 16h, com as entidades representativas dos estudantes e técnico-administrativos. Na ocasião, serão definidos os encaminhamentos da luta em defesa da educação pública superior. O encontro será na sala do sindicato.

Aviso prévio
Em função do contingenciamento financeiro, a reitoria da Uefs não consegue quitar seus débitos. As empresas que prestam serviço de limpeza e vigilância, por exemplo, estão sem receber dois meses, situação que tem sido uma constante nos últimos três anos.

Os reflexos da crise recaem de forma perversa sobre os trabalhadores, que tem direitos negados e, no caso dos terceirizados, são penalizados com a ameaça de demissão. No último mês, os funcionários dos setores de limpeza e vigilância assinaram aviso prévio. 

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