Mais de 15 mil vão às ruas em protesto contra a política do governo

21/09/2015

Bandeiras, faixas, balões e palavras de ordem de mais de 40 entidades, movimentos sociais e organizações de diversas cidades do Brasil deram o tom da vitoriosa Marcha dos Trabalhadores e Trabalhadoras, que levou cerca de 15 mil pessoas para as ruas do centro de São Paulo, na última sexta (18). Uma caravana composta por várias entidades e seções sindicais do Andes-SN, a exemplo da Adufs, representada pela professora Maslowa Freitas, saiu da Bahia. Durante as falas, os participantes defenderam a convocação de uma Greve Geral no Brasil.

A manifestação reuniu professores das universidades estaduais e federais, estudantes, bancários, indígenas, trabalhadores dos Correios em greve e dos transportes, metalúrgicos, petroleiros, operários da construção, movimentos por moradia, dentre outros, com o objetivo de construir a luta no campo classista, em contraposição ao governo e à oposição de direita. Os participantes protestaram contra a política fiscal do governo, a Agenda Brasil e pediram a retirada das medidas que atacam direitos sociais.

Também estiveram na pauta, as demissões, o arrocho salarial, o aumento da taxa de juros, a alta de preços e a criminalização das lutas dos movimentos sociais. Como alternativa, o movimento reivindicou a taxação de grandes fortunas, para equilibrar as contas públicas, e o não pagamento da dívida pública. Também exigiu o fim das privatizações, reforma agrária, demarcação das terras indígenas, defesa dos imigrantes e refugiados, investimentos em saúde e educação, dentre outras pautas.

Como ocorrido em mobilizações anteriores, a Marcha manteve o perfil internacionalista e contou com a participação da Rede Sindical Internacional de Solidariedade e Lutas e de refugiados sírios. A atividade encerrou às 21h com a proposta de continuar a luta nas discussões do Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras, realizado no último sábado (19), também em São Paulo.

Encontro de Lutadores e Lutadores
A organização de uma alternativa de luta em defesa dos trabalhadores foram retomadas durante o Encontro Nacional de Lutadores e Lutadoras, que reuniu cerca de 1200 representantes de 140 entidades e movimentos sociais, sindicais e populares. Plenárias e grupos temáticos amadureceram as discussões e organizaram os encaminhamentos.

No encontro, foi construída a declaração consensuada, documento que aponta propostas de ações como a organização da jornada “Outubro de Luta”. A mobilização prevê manifestações nos estados já na primeira quinzena do próximo mês, além da realização de encontros locais e regionais para aprofundar a avaliação de conjuntura e a reação dos trabalhadores aos ataques impostos pelo governo. A declaração consensuada ainda propõe a suspensão do pagamento da dívida pública, com auditoria da mesma; a adoção de impostos progressivos, para taxar os ganhos de Capital e da especulação financeira; mais a proibição de remessas de lucros ao exterior.

Para a diretoria da Adufs, é fundamental garantir a participação de um maior número de pessoas nas ruas e somar a luta contra a política de austeridade do governo Dilma e de ataque aos direitos dos milhares de trabalhadores brasileiros.  

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