Governo é pressionado por greves em todo o país

08/09/2015

Em um momento no qual a União diz ter pouca margem de manobra em suas contas e o relator-geral do Orçamento de 2016, deputado Ricardo Barros (PP-PR), defende a discussão de um eventual congelamento de reajustes do funcionalismo público, os servidores federais ameaçam intensificar os embates com o Palácio do Planalto. Trabalhadores de algumas áreas que vinham funcionando normalmente até esta semana aprovaram a realização de greves por tempo indeterminado.

O governo federal ofereceu aos servidores um reajuste de 21,3%, que seria alcançado ao fim de quatro anos (a correção salarial começaria em 2016 e terminaria em 2019). Sindicatos rejeitaram, alegando que não há como fazer qualquer previsão sobre o cenário econômico ao longo do período. Entre algumas categorias, a expectativa é que seja apresentada uma outra proposta, com um prazo de dois anos, no máximo, para o pagamento do percentual sugerido.

Atualmente, estão em greve servidores do INSS, trabalhadores do Judiciário, auditores da Receita Federal, funcionários dos Correios, professores de universidades, funcionários e docentes de colégios, entre outros. Na última semana, servidores do Banco Central em dez estados fizeram uma paralisação de 24 horas. Em Alagoas, os servidores do Judiciário Federal realizaram um Apagão nos dias 1º e 2 pela derrubada do veto 26 ao PLC 28/2015, que recompõe as perdas financeiras de nove anos da categoria. No Rio Grande do Sul, servidores públicos estaduais somam nove dias de greve nesta terça-feira (8). Sem avanço nas negociações, a paralisação em alguns desses setores deve ser ampliada. 

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