Após protesto, docentes e estudantes são recebidos pelo MEC

01/09/2015

Na tarde da última sexta (28), uma comissão formada por dois representantes do Andes-SN e dois estudantes se reuniram com a secretária em exercício da Secretaria de Ensino Superior do MEC (Sesu/Mec), Dulce Tristão, sub-secretário de administração da Sesu/Mec, Leonel Cunha, e Antônio Simões, diretor da secretaria, e cobraram respostas às pautas dos movimentos docente e estudantil, bem como a reversão nos cortes do orçamento da Educação Federal. Do lado de fora, centenas de professores federais em greve há três meses e estudantes de todo o país fizeram um ato. O protesto aconteceu na capital federal.

A representante da Sesu/MEC se comprometeu a enviar ao Andes-SN a lista detalhada por universidade das 9 mil vagas para docentes que o MEC alega já estarem disponíveis, no entanto os concursos não são realizados. Uma nova reunião foi agendada para quinta-feira (3), às 16h.

Os docentes federais têm, insistentemente, procurado o Ministério da Educação (MEC) para negociar a pauta de reivindicações da categoria. O MEC, entretanto, apesar de afirmar publicamente a todo o momento que está disposto a negociar, contradiz seu discurso ao não apresentar quaisquer propostas aos professores.

SPFs

Antes das mobilizações dos docentes das federais, dia 28, as pistas do Eixo Monumental, a praça dos Três Poderes e o Congresso, em Brasília, foram tomadas por mais uma Marcha Nacional dos SPFs, dia 27. Cerca de 500 servidores públicos federais de mais de 20 entidades realizaram um ato em frente ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão (MPOG).

A proposta dos trabalhadores é de 27,3% em uma única vez, equivalente ao ganho real de 2% e a correção da inflação não reposta nos últimos anos. O MPOG ofereceu 21,3% divididos em quatro anos, definido da seguinte maneira: 5,5% (2016), 5% (2017), 4,75% (2018) e 4,5% (2019).

A proposta dos acordos plurianuais e o restante do que foi colocado por parte do governo foram rejeitados pela categoria, que exige a retomada das negociações e a reversão do corte de ponto dos trabalhadores em greve do INSS. Para os demais temas da pauta e as demais parcelas da recomposição salarial, o governo admite negociar até o dia 11 de setembro. 

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