Uefs não recebe suplementação garantida pelo governo estadual
01/09/2015
A situação precária que se encontram as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), que com os cortes no orçamento sofrem com o comprometimento das condições de trabalho e estudo, tende a se agravar. O governo Rui Costa ainda não cumpriu o acordo feito com o Fórum de Reitores, em abril deste ano, de autorizar a suplementação orçamentária para cobrir parte das Despesas do Exercício Anterior (DEA) das instituições. Na Uefs, onde a crise financeira limita a manutenção das atividades acadêmicas e administrativas até setembro, a reitoria analisa como gerir a situação.
Para a Uefs, o governo anunciou R$ 4,3 milhões, apesar de o valor apurado em 2014 com reflexo para 2015 somar R$ 6,5 milhões. Grande parte da dívida refere-se a contratos de prestação de serviços terceirizados e de concessionárias de serviços. Alguns dos prestadores, ao longo dos últimos três anos, ameaçaram suspender ou paralisar as atividades por conta do atraso de até dois meses nos pagamentos.
Caso prevaleça a omissão do governo Rui Costa frente à situação, devem ser constantes já no segundo semestre de 2015, previsto para 16 de novembro deste, paralisações do serviço de vigilância, limpeza, jardinagem e da empresa de transporte responsável pelo deslocamento dos servidores. Segundo a Assessoria do Planejamento da Uefs (Asplan), a reitoria da universidade enviou ofício às secretarias estaduais da Administração (Saeb) e do Planejamento (Seplan) retratando, mais uma vez, a atual situação financeira da instituição. No documento, também reivindica suplementação para este ano.