Greve em defesa da educação pública se amplia em todo o Brasil

08/06/2015

Em meio a ajustes fiscais e cortes nos orçamentos federal e estaduais, professores federais e de várias instituições estaduais de ensino superior protagonizam greves que têm em comum a pauta central: a defesa da educação pública e a luta por mais financiamento no setor. No dia 3, a greve dos docentes federais completou mais de uma semana. O movimento, deflagrado no dia 28 de maio com a adesão de 18 seções sindicais, já conta com a participação de 23 seções sindicais (Carta do Comando Nacional de Greve  à Sociedade).

Os docentes da Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) estão em greve desde o dia 1° em resposta ao governo estadual que, na última reunião com a categoria não atendeu às reivindicações apresentadas, como a reposição salarial das perdas inflacionárias, melhorias nas condições de trabalho, na estrutura física da universidade, e transparência e garantias dos repasses financeiros orçamentários atualizados do Estado para a Unemat.

Os professores em greve e demais membros da comunidade acadêmica da Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (Uern) participam de audiência com o governador nesta segunda-feira (8). No Paraná, os professores das universidades estaduais retomaram a greve, que haviam suspendido em março, e estão paralisados há um mês em luta contra a medida do governo estadual que retira dinheiro da previdência dos servidores estaduais. No dia 10 de junho, será deflagrada a greve na Universidade Estadual do Amapá (Ueap), segundo deliberação, em assembleia unificada dos professores, técnico-administrativos e estudantes.

Em mobilização

Nas universidades Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), do Norte Fluminense (Uenf) e no Centro Universitário Estadual da Zona Oeste (Uezo), as dificuldades orçamentárias se refletem no atraso no pagamento dos funcionários terceirizados de limpeza, segurança e manutenção e o atraso também no pagamento das bolsas de assistência estudantil. Na próxima quarta (10), haverá assembleia docente para discutir indicativo de greve.

Na Universidade Estadual do Piauí (Uespi), os docentes deliberaram em assembleia pelo estado de greve a partir do dia 2 deste.

Educação básica

Em vários estados e municípios, os professores das redes estaduais e municipais de ensino básico estão paralisados também em luta pelo cumprimento da Lei do Piso, por melhorias das condições de trabalho e em defesa da educação pública.

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