Greve dos professores é aprovada na Uefs
07/05/2015
Em assembleia dos docentes da Uefs, nesta quinta-feira (7), foi aprovada a greve por tempo indeterminado. No total, 118 votos a favor, 25 contrários e 12 abstenções ao movimento paredista que será deflagrado na próxima segunda (11), e que também mobiliza a Uneb, Uesc e Uesb. Os professores definiram, ainda, o fechamento do pórtico da instituição na segunda-feira (11), às 8h, para reforçar a proposta do movimento junto à comunidade acadêmica. Nesta sexta (8), as Associações Docentes das quatro universidades protocolam documento na Governadoria, Secretaria da Educação (SEC) e reitoria das universidades, informando sobre a decisão da categoria e exigindo o cumprimento da pauta de reivindicação.
Em grande parte da assembleia, predominaram discursos inflamados de críticas ao descaso do governo Rui Costa para com a educação pública superior, ao passo em que também foi exigido mais respeito à comunidade acadêmica. Segundo a categoria, que vem discutindo amplamente a mobilização antes de deflagrar a greve, o enfrentamento é o principal instrumento de luta para forçar o governo a avançar na pauta protocolada em 9 de dezembro passado e, principalmente, a apresentar uma proposta que solucione o grave problema gerado às instituições em função da redução anual das verbas de custeio e investimento.
“Em 2014, as Ueba não foram pautadas, mas a expansão das universidades federais na Bahia teve ampla repercussão. O prazo do governo para negociar já foi dado, mas ele não se mostrou disposto a atender as reivindicações”, disse Edson do Espírito Santo, diretor da Adufs. Durante a assembleia, ainda foi formado o Comando de Greve e eleitos os membros. O grupo se reúne no final das atividades do dia 11 para definir os próximos passos da luta, que serão discutidos na reunião do Fórum das ADs, a ser realizada no dia 13 de maio, às 14h, na Aduneb. Ainda como encaminhamento, será levada ao Fórum, a proposta de convocação de nova rodada de assembleias dois dias após a reunião com o governo, marcada para dia 19 de maio.
A pauta do Movimento Docente (MD) foi protocolada nas secretarias estaduais da Educação (SEC), das Relações Institucionais (Serin) e da Administração (Saeb), além da governadoria. O governo demorou cinco meses para dar uma resposta que, infelizmente, não apresentou avanços.
Os professores reivindicam a revogação da lei 7176/97; a destinação de, no mínimo, de 7% da Receita Liquida de Impostos do Estado da Bahia para o orçamento anual, com revisão do percentual a cada dois anos e de tal forma que o orçamento do ano não seja inferior ao executado no ano anterior; ampliação do quadro de vagas para professores e a desvinculação das classes; respeito aos direitos trabalhistas dos docentes; aumento nos incentivos do Estatuto do Magistério Superior; além do pagamento do reajuste linear com reposição integral da inflação.