7º Conad Extraordinário discute Plano de Ação para o próximo biênio

04/05/2015

O 7° Conad Extraordinário, realizado no último final de semana, reuniu 38 delegados e 64 observadores, representantes de 42 seções sindicais, além de 34 diretores nacionais. Na ocasião, foram avaliadas as Contribuições do Sindicato Nacional ao 2° Congresso da CSP Conlutas, a ser realizado de 4 a 7 de junho, em São Paulo, além de discutidas propostas de Plano de Ação para os próximos dois anos.

Após a leitura e aprovação do Regimento, os participantes fizeram uma atualização da análise de conjuntura, tendo em vista o recrudescimento dos ataques à classe trabalhadora por parte do capital e implementado pelos governos federal, estaduais e municipais, o que impõe aos trabalhadores a tarefa de construir a greve geral. No ponto contribuições ao 2° Congresso da Central foi discutida a manutenção da estrutura organizativa democrática e horizontalizada em todas as instâncias deliberativas (Congresso e Coordenação, na Secretaria Executiva e Conselho Fiscal, em âmbito nacional, regional e/ou estadual. Foi apontada, também, a necessidade de envidar esforços para consolidar a Central até o 3° Congresso. O 7° Conad Extraordinário aprovou uma moção de repúdio ao governo de Beto Richa pela violência aos professores semana passada, véspera do 1° de maio, na manifestação contra o ataque a previdência dos servidores públicos do Estado do Paraná.

Greve de professores aponta para o descaso do governo federal com a educação

As greves de professores que vêm avançando em todo país provam que o governo brasileiro não prioriza a educação. A rede estadual já está paralisada em pelo menos cinco estados. No Paraná, temos acompanhado a verdadeira praça de guerra em que a polícia estadual tem transformado o protesto dos docentes (INS. Com apoio do governador Beto Richa, a truculência dos policiais deixou mais de cem feridos no dia 29 de abril, em frente à Assembleia Legislativa.O braço repressor do estado acabou com um ato legítimo e pacífico contra o ParanaPrev, que foi aprovado ao custo de muita violência, com mais de 200 professores feridos, sendo 15 com gravidade, além de 13 pessoas presas.

Em São Paulo, segundo Sindicato dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo (Apeoesp), a greve que já se estende por mais de 30 dias tem 59% de adesão da categoria. A categoria reivindica reajuste salarial, valorização e melhorias nas condições de trabalho. Já no Pará, a greve de professores do estado já ultrapassa 30 dias e acontece em mais de 100 municípios do estado. Em Santa Catarina, a greve também dura mais de um mês e os professores voltaram a ocupar a Assembleia Legislativa e prometeram sair somente quando o governo apresentar uma proposta. A principal reivindicação da categoria é o plano de carreira do magistério estadual. Na Paraíba, a greve chegou ao fim, segundo informações do Sindicato dos Professores do Estado (Sintp), após alguns professores perceberem que os salários foram descontados em decorrência da greve.

Na Bahia, os professores estaduais fizeram nova paralisação no dia 30 de abril reivindicando reajuste salarial. As Universidades Estaduais da Bahia (Ueba) estão em estado de greve e têm assembleias marcadas por todas as Associações Docentes (ADs) para o dia 07 de maio, quando avaliarão a deflagração de greve. Segundo o Andes- SN, o Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) definiu, em reunião realizada dias 25 e 26 de abril, rodada de assembleias gerais, nas seções sindicais, pautando indicativo de greve dos docentes federais, com início da paralisação no período de 25 a 29 de maio.

ServidoresFederais intensificam mobilização 

O Fórum das Entidades dos Servidores Públicos Federais (SPF) se prepara para um intenso calendário de mobilizações no mês de maio. Após uma vitoriosa Jornada de Lutas dos SPF, realizada em abril, os servidores travarão novas batalhas neste mês – quando se reunirão com o Ministério de Planejamento, Orçamento e Gestão (Mpog).

Francisco Jacob Paiva da Silva, 1º secretário e um dos coordenadores do Setor das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) do Andes-SN, ressalta a importância da construção unitária das lutas dos servidores federais para que haja conquistas concretas. “A possibilidade de vitória depende do fortalecimento da unidade dos SPF na luta, mas também de uma intensificação da mobilização na base das categorias”, diz o docente.

Leia a moção de repúdio do Fórum das ADs das Ueba em apoio aos servidores do Paraná.

Leia mais informações no site do Andes-SN.

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