Protesto de alunos e vigilantes expõe crise orçamentária na Uefs

23/04/2015

A prática do governo de contingenciamento de recursos tem prejudicado, cada vez com mais frequência, o cotidiano nas Universidades Estaduais da Bahia (Ueba). Na última terça (14), os vigilantes da Uefs paralisaram as atividades durante dois dias em função do atraso no pagamento do salário de março. Conforme o sindicato da categoria, o problema acontece há três meses. No dia seguinte (15) foi a vez dos estudantes bloquearem a entrada de veículos ao campus, para reivindicar políticas de permanência estudantil e a resolução dos problemas nos cursos.

Conforme a reitoria da Uefs, os débitos com a empresa que contrata os vigilantes se acumulam porque o governo não efetua o pagamento à terceirizada. É bom registrar que a verba para tal despesa já está prevista no orçamento da universidade, mas o Estado alega indisponibilidade de recursos. O pior é que a situação pode se repetir no próximo mês, já que existem três faturas da empresa a serem pagas e o anúncio dos vigilantes de que irão cruzar os braços, caso não recebam os salários até o quinto dia útil do mês seguinte.

O problema vivido pelos discentes também tem justificativa no contingenciamento de recursos do governo Rui Costa. Na tentativa de minimizar os impactos da redução no orçamento, a reitoria informa que tem se reunido com o governo para discussão do assunto e resolução da situação. Atenta à crise que se avizinha, a Adufs, em conformidade com a indicação do Fórum das ADs, tem reunião marcada com o governo para esta quinta (24), além de calendário de ações denunciando a redução da verba destinada para custeio e investimento das Ueba.  

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