Mobilizações dos cursos da Uefs denunciam grave crise orçamentária nas Ueba

25/03/2015

Na última sexta-feira, 20, professores, estudantes e funcionários do curso de Psicologia da Universidade Estadual de Feira de Santana (Uefs) paralisaram as atividades reivindicando condições mínimas para a construção de um curso de qualidade. Para Edson do Espírito Santo, membro da diretoria da Adufs, a situação pela qual o curso está passando é o reflexo do processo de sucateamento imposto pelo governo. “O movimento de Psicologia só reafirma a dificuldade de gestão de recursos públicos que as universidades vêm passando e a necessidade de ampliação do repasse de 7% da Receita Líquida de Impostos. É importante que os cursos se levantem e se unam, porque esse é um problema generalizado”, afirma.

A prorrogação dos contratos dos professores temporários, uma das principais reivindicações sinalizada como atendida pela Secretaria de Administração do Estado da Bahia (Saeb) a partir de diálogo com a Reitoria, para Edson do Espírito Santo, representa apenas um paliativo. “Ainda que o governo aceite resolver a situação dos professores contratados em vaga real, isso só denuncia a ausência de concurso público. Então, resolve-se o problema momentâneo de assegurar aulas, mas não o problema a médio e longo prazo”, alerta o diretor da Adufs.

O pró-reitor de Graduação, Rubens Alves, explica que a inexistência das promoções dos docentes atuais faz com que não seja possível ampliar o número de vagas através de concursos, isso porque, a universidade tem um limite máximo de professores por categoria. É válido ressaltar que o curso de Psicologia não é o primeiro a realizar mobilizações desta natureza na Uefs. Nos últimos anos, já houveram manifestações do curso de Engenharia de Alimentos, Odontologia e Educação Física, que lutam por melhorias estruturais e no quadro docente.

Elson Moura, diretor da Adufs, convocou os discentes à luta por mais verbas

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