Serviço de transporte para servidores é suspenso por um dia
17/03/2015
O serviço prestado à Uefs para o transporte de professores entre Feira de Santana e Salvador foi suspenso na última sexta-feira (13), em função de atrasos no pagamento. Muitos docentes compareceram aos pontos de embarque/desembarque, mas não puderam viajar.
Segundo a administração da universidade, existem faturas dos exercícios de novembro, dezembro, janeiro e fevereiro a serem pagas à empresa Vitória, prestadora do serviço, mas a previsão é de que o débito seja liquidado nos próximos dias. Apesar do problema, a coordenação de transporte da Vitória informou que os funcionários estão com os salários em dia. Em nota, a reitoria da Uefs afirma que será realizada uma reunião entre o Fórum dos Reitores e a Secretaria Estadual do Planejamento (Seplan) nesta quarta-feira (18), para “tratar dos aspectos diretamente relacionados ao orçamento”. O serviço de transporte continua normalmente para os professores e técnico-administrativos.
As dificuldades enfrentadas pela reitoria para honrar os compromissos financeiros com os credores são resultado do tratamento dado às universidades pelo governo, que tem, anualmente, contingenciado recursos. Alheio aos problemas, o governo aprovou, para 2015, um orçamento que diminui R$ 7 milhões da verba destinada para custeio e investimento, agravando ainda mais a crise iniciada há alguns anos. Tal prática só demonstra que a política governamental de redução de verbas para as instituições, cartilha agora seguida pelo governador Rui Costa, reforça o cenário de continuidade do descaso com a educação pública.
Atento às investidas do governo contra as Universidades Estaduais da Bahia (Ueba), o Movimento Docente (MD) indicou a realização de assembleias nas quatro universidades ainda neste mês para a categoria avaliar o estado de greve, além da paralisação das atividades acadêmicas, dia 8 de abril, com ida à Secretaria da Educação (SEC). A Adufs fará assembleia no dia 24 deste, às 17h, no Auditório do módulo 4. Ainda será realizada reunião com outras entidades para unificação da luta em defesa da educação pública.
O Fórum das ADs reivindica o mínimo de 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) para as universidades, com revisão do valor a cada dois anos.