Greve nas universidades estaduais paranaenses continua

23/02/2015

As sete universidades estaduais do Paraná seguem em greve contra os ajustes propostos pelo governador Beto Richa no serviço público estadual. Os professores pedem a revogação do pacote de ajustes do governo do estado, que retiram direitos dos servidores, a revisão da criação do fundo de pensão privado para os servidores estaduais, o pagamento do 1/3 de férias e a manutenção da autonomia universitária. Os docentes das sete universidades estaduais estão instituindo um comando unificado de greve, e que estão em contato com as demais categorias de servidores públicos estaduais para aumentar as forças das lutas no Paraná. Também estão em greve os trabalhadores do Detran-PR, da saúde estadual, do judiciário estadual e da educação básica paranaense.

Um dos temas que tem mobilizado os docentes e servidores é o da autonomia. Em informativo divulgado no dia 14 pela Associação dos Docentes da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Adunioeste – Seção Sindical do ANDES-SN) a questão é problematizada a partir do “Projeto de Autonomia das Universidades Estaduais do Paraná”, escrito pelo governo para compor o pacote de ajustes, mas que acabou por não ser, ainda, apresentado à Assembleia Legislativa. O projeto prevê o congelamento do orçamento das universidades tendo como base o orçamento de 2013, e em seguida uma progressiva redução orçamentária com fim em 2019. Com o congelamento, o governo do Paraná quer diminuir o número de docentes e técnico-administrativos usando-se do represamento de vagas. O projeto também prevê um índice para determinar o número de professores adequado a cada instituição, baseado na relação carga horária/número de docentes, que levaria 5 das 7 universidades à diminuição de pessoal.

MOVIMENTO ESTUDANTIL OCUPA REITORIA DA UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA

Os estudantes residentes e bolsistas da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) ocuparam os corredores da reitoria da universidade na manhã desta sexta-feira (20). O movimento reivindica o pagamento das bolsas estudantis, atrasadas há dois meses, e dos salários dos funcionários terceirizados do Restaurante Universitário (RU), atrasados há três meses. Ao todo, estão acampados 80 estudantes.Segundo Lucas Bezerra, estudante do curso de Serviço Social e membro do Diretório Central dos Estudantes (DCE), a ocupação é por tempo indeterminado. “Nós estamos animados e aguerridos na ocupação. Só sairemos daqui após ter conquista".

O movimento também exige melhorias na infraestrutura do campus universitário, e da residência estudantil que, conforme Bezerra se encontraprecarizada, bem como outros temas ligados à assistência estudantil. "Hoje o café da manhã foi pão com água", denunciou.O estudante conta que a reitora da instituição, Margareth Diniz, se recusou a receber todos os estudantes da ocupação, limitando o diálogo com apenas três alunos, e ordenou aos seguranças que impedissem o acesso às portas do gabinete da reitoria. "Margareth fechou as portas para a gente. Queremos marcar uma audiência com ela, mas ela só quer receber três de nós".

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