Contra calote e ajustes do governo estadual, Paraná vive clima de greve geral

10/02/2015

O governador do Paraná, Beto Richa, iniciou o ano de 2015 propondo uma série de medidas que retiram direitos sociais e reduzem investimentos, com o objetivo de economizar para atingir o superávit primário. Em resposta, diversas categorias de trabalhadores entraram em greve na última semana, enquanto muitas outras também se mobilizam e devem deflagrar a paralisação por tempo indeterminado nesta semana. O “pacotaço” de Richa atinge principalmente os servidores públicos estaduais: prevê teto para as aposentadorias, corte em benefícios como auxílio-transporte, uso do dinheiro da previdência para pagamento de outras dívidas do Estado e fim dos quinquênios. Isso se soma ao pacote de dezembro, quando foi instituída a taxação dos inativos, o aumento do IPVA em 40% e o corte no orçamento da Defensoria Pública.

Os professores da Universidade Estadual de Ponta Grossa (Uepg) decidiram, em assembleia na última quinta-feira (5), com a presença de 180 professores, entrar em greve a partir desta segunda (9). Os docentes da Universidade Estadual de Londrina (UEL) estão em paralisação, com entrada em greve prevista para quinta-feira (12). Os professores da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) deliberaram, nessa segunda (9), em assembleia com 500 presentes, entrar em greve imediatamente. Já os docentes da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) têm assembleias marcadas para quarta-feira (11).

OCUPAÇÃO DA REITORIA DA UECE TERMINA COM VITÓRIA

Professores e estudantes da Faculdade de Educação, Ciências e Letras do Sertão Central (Feclesc) e da Faculdade de Educação, Ciências e Letras de Iguatu (Fecli) da Universidade Estadual do Ceará (Uece) desocuparam a reitoria da instituição, no Campus do Itaperi, na terça-feira (3), após o acerto da redistribuição das 120 vagas de concurso público, para professores efetivos, destinadas à instituição. O movimento, formado por 16 alunos e 4 professores, ocupava a reitoria desde o dia 26 de janeiro.

Em reunião realizada um dia antes (2), entre ocupantes do prédio, representantes do Sindiuece - Seção Sindical do ANDES-SN e da reitoria, ficou acertado 14 vagas para a Feclesc, em Quixadá, onde funcionam 8 cursos de graduação; e outras 13 à Fecli, em Iguatu, com 5 cursos de graduação. Alguns centros cederam as vagas para essas faculdades que se encontram em uma situação crítica. A abertura de concurso público nas universidades estaduais do Ceará é um dos acertos firmado entre o movimento docente e o governo do estado, que resultou na suspensão da greve, de quase quatro meses, protagonizada pelos professores da Uece, da Universidade Regional do Cariri (Urca) e da Universidade do Vale do Acaraú (UVA).

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