Movimentos sociais de Feira discutem mobilidade urbana em reunião de trabalho

10/02/2015

No último dia 07 (sábado), militantes de partidos políticos, movimentos sociais, Diretórios Acadêmicos da UEFS, do Fórum Popular de Saúde, do Movimento Pastoral da Igreja Católica, Movimento De Associações Comunitárias, sindicatos profissionais de diversas áreas, entre eles professores do ensino básico e superior, engenheiros, advogados, camelôs, trabalhadores rurais e demais usuários de transporte público se reuniram na Casa São Paulo Apóstolo em Feira de Santana para a discussão e organização da sociedade civil tem torno da pauta de mobilidade urbana. A articulação entre essas instâncias da sociedade civil se faz necessária na luta pela implementação de um projeto que garanta o direito da população ao acesso à cidade, que não possui um planejamento urbano democrático e que beneficie o povo.

Sem Plano de Mobilidade, a população feirense sofre há anos com uma frota de ônibus sucateados, com a falta de carros para atender a demanda, superlotação e com os sucessivos aumentos que não correspondem a um avanço ou melhoria do serviço que deveria ser público. Com Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) desatualizado, que foi elaborado em 1992 e que nunca foi aprimorado para se adequar ao desenvolvimento da cidade, hoje a Prefeitura, através ações que beneficiam o interesse privado por parte do governo José Ronaldo, tenta impor o projeto do Bus Rapid Transit (BRT) na contramão das reais necessidades que garantam uma mobilidade urbana que não exclua quem realmente necessita do transporte público para se locomover.

As tentativas do governo de “empurrar” o projeto do BRT foi amplamente condenado pelos participantes durante as falas. A principal crítica ao projeto é que nele o BRT faz a ligação apenas do centro ao centro, quando na verdade a maior demanda por deslocamento através do transporte coletivo está localizado no eixo centro-periferia. Destaca-se, que dados da Secretaria de Infraestrutura do Estado da Bahia (Serinfra), aponta que cerca de 40% da população feirense, se deslocam ou à pé ou de bicicleta. Outro ponto questionado foi a metodologia que o governo vem tomando as decisões, principalmente sem a construção de um Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal Participativo.

A presença de mais de quarenta pessoas na reunião demonstra disposição dos militantes/entidades para o endurecimento ao atual projeto de governo municipal. Através dessa articulação, foi aprovado a organização de uma campanha de amplo fôlego que se coloca contra o Projeto de Mobilidade Urbana do governo José Ronaldo, contra a proposta de BRT e também apontando para a necessidade de defender a construção de Plano Diretor Participativo. Assim, a próxima reunião marcada para acontecer no próximo dia 21 (sábado), ainda com hora e local à definir deve concentrar mais pessoas em busca da formulação de um projeto popular de mobilidade urbana.
 

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