Trabalhadores e trabalhadoras de todo país se organizaram em manifestações realizadas em pelo menos 18 cidades da quarta-feira, 28. A mobilização em defesa da classe trabalhadora que ocorreu de forma foi convocada por várias centrais sindicais, entre elas a CSP-Conlutas, que realizaram protestos exigindo a revogação das medidas provisórias 664 e 665, anunciados pelo governo e que reduzem os direitos da população. Em várias cidades atos unitários aconteceram com a presença de representantes de centrais como a CUT, CTB, UGT e NCSC, além de movimentos sociais e populares diversos.
Na cidade de Belo Horizonte, em Minas Gerais, além da distribuição do manifesto unitário, representantes de diversos sindicatos criticaram a política do governo de editar as MPs que retiram os direitos dos(as) trabalhadores(as), contra as demissões no setor industrial e os cortes que afetam a saúde e a educação. Em São Paulo, cerca de três mil pessoas compareceram ao ato marcado em frente ao MASP, na Avenida Paulista. Cerca de 40 mil trabalhadores(as) cruzaram os braços nas fábricas da Bosch, CNH, Volvo, WHB, Perfecta, Seccional, Aker Solutions, Maflow, Hass do Brasil (CIC), Volkswagen, Renault e Brafer, localizadas no Paraná.
No Rio de Janeiro, a Rodovia Estadual Engenheiro Alan da Costa Batista, que liga a Via Dutra ao Polo Industrial de Resendefoi bloqueada por quatro horas em um protesto que reuniu 13 mil operários. Em Belém (PA), cerca de 500 pessoasparticiparam da passeata e sete obras da construção civilforam paralisadas por duas horas, em protesto às medidas. Em Recife (PE), Salvador (BA) e Fortaleza (CE) a concentração ocorreu pela manhã em frente à Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE), das respectivas cidades. Na capital federal, em Brasília (DF), o ato foi em frente ao Ministério Fazenda.As manifestações aconteceram também nos estados de Alagoas, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Piauí, Rio Grande do Sul e Sergipe.
TRT-RJ DETERMINA QUE PETROBRÁS GARANTA PAGAMENTOS, RESCISÕES E OUTROS DIREITOS
Uma decisão judicial determina que a Petrobrás garanta o depósito e o pagamento de salários e outros direitos trabalhistas, como rescisões executadas, ainda no ano de 2014. O TRT deu o prazo de 48 horas para a Petrobrás fazer o depósito de um pouco mais de R$ 13 milhões. Esse prazo venceu na sexta-feira (30).
De acordo com reunião realizada na semana passada, a Petrobrás exigia que houvesse uma cobrança judicial inequívoca. Agora, mais do que isso, há uma decisão judicial reivindicando o pagamento. Diante de todo esse quadro, na quinta-feira (29), mais uma vez os trabalhadores organizaram uma manifestação em frente à sede da empresa no Rio de Janeiro para cobrar a execução da decisão judicial.
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