Por falta de orçamento, universidades substituem salas e laboratórios por contêineres

03/02/2015

O uso de salas de aulas e laboratórios “de lata” se tornou uma preocupação concreta das comunidades acadêmicas da Universidade Federal do Recôncavo Baiano (UFRB) e da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). Além dos óbvios problemas de estrutura trazidos para o desenvolvimento de ações de ensino, pesquisa e extensão em contêineres, a utilização dessas armações provisórias coloca sempre presente o debate da precarização do trabalho docente. A utilização de estruturas provisórias deixa claros os problemas orçamentários enfrentados pelas universidades federais.

Na UFRB, a instalação de contêineres é recente, tendo sido feita no último sábado (24), para suprir a demanda de salas de aula. A Associação dos Professores Universitários do Recôncavo (Apur – Seção Sindical do ANDES-SN) divulgou a ação da universidade, qualificando-a como preocupante.Já na Unifesp, o problema data de 2012. Somente no final de 2014 as ligações elétricas necessárias para o funcionamento deles foram realizadas, e, nesse momento, apenas três estão em funcionamento. Além de UFRB e Unifesp, outras universidades, como a Universidade Federal Fluminense (UFF), também têm recorrido às “salas de lata” como alternativa à falta de estrutura e orçamento necessários para a manutenção das atividades acadêmicas.

APÓS 22 DIAS DE GREVE, TÉCNICOS DO CEFET-MG OBTÊM VITÓRIA PELA JORNADA DE 30 HORAS

Em reunião realizada na tarde da terça-feira (27), o Conselho Diretor do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais (Cefet-MG) decidiu pela aprovação, na íntegra, da minuta de resolução que regulamenta a jornada de 30 horas para os técnicos administrativos em educação (TAE) da instituição.Em greve há 22 dias, os TAE mantiveram intensa agenda de mobilização e conseguiram grande adesão, o que obrigou a direção geral do Cefet-MG a mudar de posição diversas vezes durante o movimento paredista, para no final, votar a favor do pleito.

Segundo o presidente do Sindcefet-MG, Antônio Arapiraca, a vitória dos TAE tem grandes proporções e representa um marco tanto para o Cefet-MG como para o movimento em defesa da jornada de 30 horas nacionalmente. "Agora existe um precedente que vai ajudar na luta pelas 30 horas em diversas outras instituições. Além disto, a greve expôs a forma como o corpo gestor do Cefet-MG trata os servidores, já que para alocar 320 vagas docentes e 150 de técnicos administrativos tudo foi decidido pela direção, mas nesta importante demanda dos TAE, a direção remeteu o pleito para o CD e para um Conselho de Planejamento e Gestão que nem existe. Tudo isto me parece uma evidência clara de que existem vários pesos e várias medidas no Cefet-MG", afirmou Arapiraca.

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