20 mil metalúrgicos param a Rodovia Anchieta contra demissões no Grande ABC
13/01/2015
Nesta segunda-feira (12), a Rodovia Anchieta foi tomada por trabalhadores metalúrgicos em protesto contra as mais de mil demissões de metalúrgicos da Volkswagen e Mercedes Benz, no ABC Paulista. Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, ao menos 20 mil trabalhadores participaram da passeata. Quase 13 mil trabalhadores estão parados em protesto contra a demissão de 800 metalúrgicos na última terça-feira (06).
Os trabalhadores da montadora receberam cartas da empresa na última semana com o anúncio de demissão, com a orientação de que comparecessem ao local de trabalho no dia 06. Outros 11 mil metalúrgicos receberam telegramas com outro conteúdo, que alertava para o “início imediato de ações de adequação de efetivo” e que a “primeira etapa será anunciada em 6/1/15”.Também na mesma região, a empresa Mercedes Benz demitiu na quarta-feira (07) 244 metalúrgicos que estavam em lay-off (suspensão temporária de contrato de trabalho). No mesmo dia, 10 mil trabalhadores da empresa somaram-se aos trabalhadores da Volkswagen e fizeram uma greve de 24 horas contra as demissões.
"CHARLIE HEBDO": UM ATENTATO QUE FORTALECE A EXTREMA DIREITA EUROPEIA
O atentado à sede do jornal satírico francês “Charlie Hebdo” que matou 12 pessoas nesta quarta-feira (7), em Paris, é assunto mundial. Um ataque não somente à liberdade de imprensa e à esquerda crítica, mas também às lutas dos trabalhadores de todo o mundo e, em particular, aos povos islâmicos. Segundo Mauro Puerro, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas, essa ação fascista só beneficia a extrema direita e o imperialismo. “Poderá ter efeito similar na ofensiva da direita mundial contra os imigrantes, principalmente os islâmicos, ao ataque às Torres Gêmeas pela Al Qaeda em 2001”, afirma.
O ataque provocou manifestações imediatas nas ruas da França e já se estendem a outras capitais europeias. A hashtag #JeSuisCharlie (#EuSouCharlie) toma conta das redes sociais. Esse não foi o primeiro ataque sofrido pelo jornal “Charlie Hebdo”, que também sofria constantes ameaças. Em 2011, época em que publicou charges do profeta Maomé, sua redação foi alvo de um incêndio criminoso.
Confira aqui o Boletim Especial sobre o II Congresso da CSP-Colutas.
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