Na última terça-feira (09), a Audiência Pública realizada na Assembleia Legislativa sobre o Financiamento da UEBA e a prioridade para a Educação Superior, e que reuniu estudantes, técnico-administrativos, docentes, reitores e deputados na sala da Comissão de Educação, debateu os problemas enfrentados pelas universidades estaduais por causa do arrocho orçamentário. A mesa foi composta por membros da Comissão, pelo professor Elson Moura, diretor da Adufs e coordenador do Fórum das ADs, o reitor da Uefs, José Carlos, o vice-reitor da Uesc, Evandro Sena, e a estudante de História Layla Grabriele, representando o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Uefs.
“O que nos traz aqui, essencialmente, é a necessidade de lutar contra um projeto: estamos convencidos que esta redução orçamentária não é um problema apenas de má administração. Esta redução é intencional e sistematizada, isso torna a nossa tarefa difícil, mas nem por isso vamos cambalear nela”, enfatizou Elson Moura ao se pronunciar. O docente declarou que as constantes reduções no orçamento das Universidades Estaduais era a motivação para que o Movimento Docente, por meio do Fórum das ADs, tivesse solicitado junto à Comissão de Educação a realização da Audiência Pública. Moura defendeu ainda os 7% da Receita Líquida de Impostos (RLI) como ponto central no debate do orçamento para as Ueba. “É sobre isso que vamos fazer um cavalo de batalha. É sobre essa pauta que nós vamos inclusive, radicalizar, se necessário”, disse.
A representante do DCE da Uefs, destacou as dificuldades de permanência estudantil enfrentadas pela categoria discente. “A gente percebe que há um contraste. À medida que as universidades estão crescendo, estão entrando mais estudantes nas instituições, e por outro lado, está havendo uma diminuição no financiamento para a educação superior pública”. A estudante alertou que com o progresso e expansão das universidades, com a criação de mais cursos, a entrada de mais estudantes, professores e técnico-administrativos, consequentemente, as despesas aumentam e o governo deve ter a ciência que a educação pública tem que ser a prioridade.
As falas dos parlamentares que participaram da audiência destacaram a importância do debate às vésperas da votação da Lei Orçamentária Anual (LOA).
No mesmo dia, por volta das 15h, os representantes das ADs, junto com as representações dos discentes e dos técnico-administrativos, protocolaram a pauta de reivindicações para o ano de 2015 na Fundação Luís Eduardo Magalhães, onde funciona a coordenação da transição do governador eleito, na Secretaria de Administração (SAEB), na Secretaria de Educação (SEC) e na Governadoria. Ainda como ação para marcar essa data, foi publicada no jornal A Tarde uma nota denunciando a situação.
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