ANDES-SN reafirma críticas ao ENADE e ao SINAES
25/11/2014
O ANDES-SN reafirmou sua posição crítica ao Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enade) por meio de duas notas divulgadas nos últimos dias. As notas, uma escrita pela diretoria do ANDES-SN, e outra pelo Comitê Nacional em Defesa dos 10% do PIB para a Educação Pública Já!, apontam os problemas e fragilidades do Enade e do Sistema Nacional de Avaliação da Educação Superior (Sinaes). O Enade desse ano foi realizado no domingo (23).
Para os movimentos sociais e sindicais ligados à defesa da educação pública de qualidade, o Enade distorce a noção de avaliação da educação pois, ao invés de avaliar os problemas para superá-los, ele ranqueia as melhores universidades para beneficiá-las com mais investimentos – punindo os cursos e universidades com piores notas. A obrigatoriedade de comparecimento na prova também é criticada nas notas, já que prevê a não concessão dos diplomas para os estudantes ausentes. Outros pontos apontados como problemáticos no Enade pelos movimentos são o assédio moral aos estudantes, que são responsabilizados por possíveis maus resultados, e o favorecimento à lógica empresarial que a divulgação dos resultados ranqueados geram.
COMISSÃO DA VERDADE DO ANDES-SN DEFENDE REVOGAÇÃO DA LEI DE ANISTIA
As comissões da verdade pelo país deveriam trabalhar não só pelo direito à memória, mas principalmente pelo direito à justiça. Para que isso ocorra, é fundamental que a Lei de Anistia seja revogada. A ideia foi defendia no Encontro Regional da Comissão da Verdade do ANDES-SN, realizado em Fortaleza (CE), na sede do Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Ceará (Adufc), nos dias 13 e 14 de novembro. Para Márcio Antônio de Oliveira, membro da Comissão da Verdade do Sindicato Nacional, é preciso haver pressão política para que a Lei de Anistia seja revogada. “Por conta dessa lei, quem matou, torturou ou fez pessoas desaparecerem se sente acobertado, mas esses crimes devem ser imprescritíveis”, enfatizou.
No mesmo espaço, o professor Eudes Baima comparou as estratégias de repressão na área urbana e na rural. Segundo ele, enquanto na primeira, a perseguição era focada nos dirigentes de organizações de esquerda, na segunda a repressão ocorria de forma massiva, atingindo um maior número de pessoas, inclusive camponeses. Elídio Marques, professor de Direitos Humanos da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e membro da Comissão da Verdade do ANDES-SN, avaliou o encontro regional como positivo na medida em que foram apontados desafios a serem superados pela Comissão da Verdade do Andes. “Pudemos perceber os efeitos da repressão tanto nas universidades, quanto sobre os camponeses”, disse. O Seminário Nacional será realizado em Brasília (DF), nos dias 9 e 10 de dezembro.
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