Adufs pergunta a candidatos qual a política para as Ueba

29/09/2014

Às vésperas de mais um pleito eleitoral, é hora de se pensar na conjuntura política atual no Brasil. São muitos(as) os(as) candidatos(as) que estão disputando os cargos mais importantes para o Executivo e o Legislativo. A escolha pode se tornar difícil, dada a variedade de partidos e programas apresentados. Por outro lado, exercer esse direito da cidadania exige de cada um de nós a reflexão sobre quais os rumos que o país e o estado devem tomar no âmbito econômico, político e social. A escolha, portanto, nos exige pensar qual sociedade queremos. Por mais que reconheçamos os limites dessa escolha, dadas as regras do jogo em uma democracia burguesa, definidas por quem tem o poder econômico, o voto não perde sua importância.

As campanhas bilionárias, custeadas principalmente pelas doações empresariais e de empreiteiras interessadas em manter seus privilégios, o uso deslavado do aparelho de estado e a falta de condições para que propostas que representam os interesses da classe trabalhadora possam aparecer com a mesma intensidade na mídia constituem o quadro. Assim, a discussão é limitada pela capacidade financeira dos partidos para a propaganda de seus candidatos, desviando a discussão para um discurso desqualificado, superficial e obscurantista. As eleições, nessa perspectiva, se tornam um momento de obtenção do voto a qualquer custo do que de avaliação e diagnóstico dos problemas que afligem a maioria da população brasileira. Os poucos partidos que intencionam fazer de fato esse debate, apresentando programas que procuram responder às questões cruciais, enfrentam muitas dificuldades.

Tradicionalmente, a Adufs promove debates com candidatos ao Executivo estadual e municipal. Entretanto, dessa vez, isso não foi possível. Mesmo assim, mantendo o seu compromisso em contribuir para a reflexão entre a categoria, foi solicitado aos candidatos, pela assessoria de comunicação da Adufs, que nos respondessem sobre o que propõem para as Universidades Estaduais (Ueba). Maslowa Freitas, diretora da Adufs, afirma: “esse momento é fundamental para se pensar como a classe dominante tenta manter sua hegemonia e, ao mesmo tempo, sobre quais os caminhos que a classe trabalhadora pode seguir para lutar contra a exploração e construir uma sociedade justa e igualitária. As eleições, no marco da democracia burguesa, não representam a principal via, mas pode ajudar a avançar a consciência de classe”.

A diretoria reitera a postura de independência da Adufs em relação a partidos e, como mostra a sua história, se mantém firme na defesa do projeto de Universidade pública, gratuita, autônoma, democrática e socialmente referenciada. Do mesmo modo, continua intransigente, frente a qualquer governo, na luta pelos direitos da categoria que representa.

Abaixo, a pergunta encaminhada a todos os candidatos ao governo da Bahia. A íntegra das respostas dos seis candidatos pode ser lida clicando aqui.

Adufs - Na Bahia existem quatro universidades estaduais que, ao longo dos últimos 35 anos, vêm cumprindo papel fundamental na interiorização da educação superior e contribuindo com conhecimento para o desenvolvimento sócio-econômico e cultural das regiões onde estão inseridas. Neste percurso, em que pese o esforço da comunidade universitária em conquistar a excelência acadêmica, dentre os muitos problemas enfrentados estão o arrocho orçamentário, os baixos salários e o desrespeito à autonomia universitária. Se eleito(a), qual será sua política para a Educação superior pública estadual com relação ao papel que ela pode cumprir, ao financiamento e ao respeito à autonomia universitária?

 

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